Sintomas de Estresse: saiba como aliviar os sinais

Nos últimos anos, a presença dos sintomas de estresse na vida das pessoas cresceu. As obrigações em casa, no trabalho, com a família, no relacionamento, no círculo social e nas redes sociais drenam as nossas energias.

A alta competitividade no ambiente corporativo e acadêmico são grandes motivos de estresse para a Geração Z (25 anos) que, mesmo tão jovem, já demonstra os mesmos ou mais sinais de estresse que os mais velhos.

Neste artigo nós vamos falar sobre os principais sintomas que indicam a presença do problema e como lidar com eles. Boa leitura!

O que é e quais os sinais de estresse?

O estresse é uma resposta natural do organismo a um evento ou a um conjunto de eventos que representam perigo ou ameaça. O corpo entra em estado de alerta e manifesta reações físicas e emocionais. 

Essas, por sua vez, nos ajudam (até certo ponto) no processo de adaptação à nova situação.

Como nos dias atuais raramente precisamos lutar contra outras espécies ou nos esforçamos para encontrar comida para fins de sobrevivência, esse mecanismo orgânico responde a fatores estressores bem diferentes. 

No entanto, o fato de não serem as mesmas ameaças de antigamente não interfere na intensidade do estresse sentido.

Os sintomas do estresse são variados e tendem a piorar com a passagem do tempo. Quanto mais contato uma pessoa tiver com os fatores desencadeadores, mais deterioradas ficarão a sua saúde mental e física. 

Logo, se faz necessário identificar o(s) agente(s) estressor(es) e extingui-lo(s) ou encontrar maneiras de aliviar às reações a ele(s).

Principais sintomas de estresse

Os sintomas de estresse podem ser físicos e mentais. Sendo os seguintes mais comuns:

• Suor excessivo;
• Tremores no corpo ou nas mãos;
• Palpitações;
• Dor no peito;
• Enxaqueca;
• Pressão baixa ou alta;
• Problemas digestivos;
• Prisão de ventre;
• Náusea;
• Alergias de pele;
• Mal-estar generalizado;
• Insônia;
• Oscilações de humor; e
• Fadiga.

Já os sintomas emocionais são:

• Desânimo;
• Sensação de sobrecarga;
• Necessidade de fugir dos compromissos, como sair de férias ou refugiar-se em um local distante;
• Irritabilidade;
• Impaciência;
• Sensação de medo;
• Preocupação excessiva com o futuro;
• Angústia por não conseguir sair da situação ruim;
• Inquietação;
• Tristeza;
• Autoestima baixa;
• Queda na produtividade.

Quais os tipos de estresse?

Não, estresse não é tudo igual! Os especialistas indicam que existem 3 tipos de estresse. Listamos eles abaixo!

Estresse Agudo

Essa é a forma mais comum de estresse e é uma reação natural do corpo a uma situação considerada estressante. No campo psicológico tende a causar instabilidade de humor, insegurança e apreensão.

Além disso, também se manifestam sintomas físicos.

Estresse Agudo Episódico

Os sintomas de estresse agudo episódico são os mesmos do estresse agudo, mas são prolongados e mais frequentes.

Estresse Crônico

O estresse crônico é um quadro que costuma apresentar períodos de insônia, desmotivação, irritabilidade, cansaço excessivo e prolongado, além de perda de cabelo e lesões na pele.

Mas mulheres, pode até deixar o ciclo menstrual desregulado ou suspendê-lo.

Quais os efeitos do estresse no corpo e na mente?

Como se pode ver, o estresse pode tanto roubar a nossa energia para concluir tarefas simples quanto construir uma imagem negativa sobre nós mesmos. A longo prazo, esses efeitos demonstram-se catastróficos. 

Afetam não somente a nossa performance profissional, mas também a vontade de querer ser um profissional (e até a de ser uma pessoa) melhor. O desejo de crescer, se desafiar e evoluir desaparece.

O desânimo causa isso e muito mais, interferindo na qualidade das conversas com pessoas queridas e na nossa capacidade de celebrar a conclusão de atividades, sejam estas voltadas ao lazer ou não.

A falta de vontade crônica leva a depressão, ansiedade, síndrome do pânico, distúrbios alimentares e outras condições oriundas da deterioração da saúde mental.

Por outro lado, os sintomas físicos aumentam a probabilidade de surgimento de patologias cardiovasculares e intestinais, desmaios, hipertensão arterial, gastrite nervosa, entre outras condições. 

O desenvolvimento de doenças severas pode até mesmo acarretar em morte prematura. Afinal, o corpo não aguenta viver em estado de alerta 24 horas por dia.

Somente o fato de estar à espera do encontro com o fator estressor causa alterações na produção de hormônios. 

O cortisol, conhecido tipicamente como hormônio do estresse, é produzido em grandes quantidades e também causa uma série de complicações severas.

No mundo ideal, as pessoas combateriam o estresse ao notarem o surgimento do primeiro sintoma. Assim, sofreriam menos com os ataques à sua saúde e recuperariam a qualidade de vida com maior facilidade. 

Infelizmente, a realidade não é bem assim.

É natural as pessoas terem uma vaga ideia do que as estressa – um chefe carrasco, um expediente puxado, uma desavença familiar, uma crise financeira, entre outros.

Mesmo assim, se recusam a descansar e procurar ajuda. O resultado é uma corrida até o hospital por causa da pressão alta ou taquicardia, ou desmaio.

Estresse Constante: por que vivemos estressados?

A cada ano, as pessoas estão cada vez mais estressadas, ansiosas e perdidas. Muitos fatores contribuem para esse cenário de altas tensões

Os relacionamentos líquidos, rotinas hiperconectadas e carregadas de estímulos, longas jornadas de trabalho, ausência do autocuidado e, sobretudo, pressão para ser o melhor são alguns deles.

A pressão para ter sucesso em todos os objetivos, sejam esses empreendimentos ou conquistas acadêmicas, atinge até os adolescentes. A necessidade perene de se atualizar às novas tendências do segmento de escolha por vezes frustra as pessoas.

Alguns se esforçam tanto para serem antenados que se tornam workaholics, viciados em trabalho. Já outros não aguentam tamanha pressão, mas, por não terem para onde correr, afundam na apatia. Acreditam que para sobreviver é preciso “topar tudo”.

Da mesma forma, os elementos externos, como desemprego, alta criminalidade, devastação do meio ambiente, política e pressões sociais e familiares, colaboram para o mal-estar diário. 

O lembrete constante da existência deles, presente nos meios de comunicação e redes sociais, torna ainda mais desafiador encontrar maneiras de se sentir bem no dia a dia.

Em outras palavras, parece não haver um segundo sequer de paz. De todo lado, há algo pronto para nos tirar do sério. Além de acelerada e exigente, o bombardeio de estresse é outra característica da sociedade atual.

Para melhor compreensão, veja a relação dos três tipos de agentes estressores abaixo:

• Acontecimentos inevitáveis: ocorrem com praticamente todas as pessoas em algum momento da vida, como morte de um parente, nascimento de um filho, recuperação de um acidente, demissão, divórcio, entre outros. Geram grande preocupação e tristeza, porém, a dor causada por eles se cura com o tempo.
• Acontecimentos diários: pequenos incidentes do dia a dia. Causam certo desconforto, mas o mal-estar tende a não perdurar. Alguns desses eventos incluem ficar preso no trânsito, esperar demais por um atendimento, necessidade de seguir protocolos infindáveis e burocracia e aguentar o barulho ensurdecedor de uma reforma ou festa do vizinho.
• Longos períodos de tensão: situações que causam uma combinação de extrema ansiedade, preocupação e estresse em intensidades idênticas. Relacionamentos abusivos, rotinas de trabalho exigentes e hospitalização por longos períodos são exemplos.

Como viver uma vida menos estressante?

A tendência é que as pessoas continuem estressadas por um bom tempo. 

Embora os empreendimentos privados, ONGs e governos trabalhem para reduzir um pouco dos efeitos dessa cultura acelerada, não é provável que o estresse desapareça sem uma reformulação da estrutura da sociedade.

Como isso não cabe somente a nós, podemos, ao menos, descobrir formas de ter uma vida mais agradável. Confira três maneiras de buscar a tranquilidade no dia a dia.  

1.      Foque no que está ao seu alcance

Temos o costume de remoer a negatividade oriunda dos problemas da sociedade como se fosse nossa. 

Aceite que você não pode mudar todas as coisas ruins no mundo e que não vale a pena se frustrar por causa delas. Em vez disso, foque em iniciativas que pode, de fato, contribuir e obter resultados.

2.      Saia da rotina

A vida é feita de equilíbrio. Não é possível somente focar no trabalho e nos afazeres, os quais nos deixam esgotados no fim do dia. Portanto, adicione doses de lazer para cada dose de trabalho. 

De preferência, devem ser pequenas porções de entretenimento e descanso ao longo do dia para quebrar a mesmice.

Pode ser que não seja possível fazer este balanço no mesmo dia, então, passe para o próximo ou aproveite as horas vagas do fim de semana até sentir-se renovado para encarar as próximas empreitadas.

3.      Tenha uma vida além dos compromissos

Muitas pessoas se envolvem demais com seus agentes estressores. Eles dominam cada pensamento do dia e transformam-se no centro das atenções de semanas e meses a fio. 

Por desejarem acabar com a fonte do incômodo, convergem todas as suas energias em cessar o contato com o estressor o mais rápido possível. Logo, ficam cansadas e nervosas.

É preciso dedicar atenção em outras áreas da vida para não sermos consumidos dessa maneira. Ter hobbies, atividades com amigos, projetos pessoais e cursos é essencial para diversificar a rotina.

Tratamento para estresse

Embora não exista uma fórmula mágica para acabar com o estresse, a terapia um tratamento eficaz.

Através do autoconhecimento e reflexões, os psicólogos ensinam aos pacientes como ter uma vida equilibrada sem permitir que a ansiedade os atrapalhe.

Desse modo, se tornam pessoas capacitadas a gerir o estresse e as emoções perante situações de tensão. 

Como a terapia psicológica pode ajudar a aliviar o estresse?

O psicólogo vai conseguir ajudar você a identificar plenamente as causas do seu problema, e quais os melhores caminhos para fazer o tratamento. Inclusive, vai ser necessário o apoio de um psiquiatra e o uso de medicamentos.

É por isso que procurar ajuda profissional é sempre muito importante.

Conclusão

Fique sempre atento aos sintomas do estresse e procure auxílio profissional no momento em que sentir que não pode lidar com isso sozinho.

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