Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773
O relacionamento abusivo possui uma característica que torna difícil percebê-lo. Ele começa como qualquer outro relacionamento. O casal adora passar tempo juntos e se diz apaixonado. No entanto, com o tempo, o parceiro começa a fazer exigências estranhas e agir de forma incomum.
Logo, ele se transforma em uma pessoa irreconhecível, mas que manifesta comportamentos familiares de vez em quando. Essa oscilação confunde a outra pessoa que, sem saber como agir diante dessa estranha situação, tende a ficar estagnada, alertam os psicólogos.
ÍNDICE
- Principais características de um Relacionamento Abusivo
- Sinais de um relacionamento abusivo
- Por que terminar um relacionamento abusivo é difícil?
- Como terminar um relacionamento abusivo?
- A vida após o relacionamento abusivo
As pessoas apegadas a um parceiro tóxico percebem que alguma coisa não está certa em seu relacionamento, mas não conseguem terminar. No post de hoje, vamos entender o porquê disso e as características do relacionamento abusivo.
Principais características de um Relacionamento Abusivo
Muito se fala sobre relacionamento abusivo hoje em dia, seja nos meios de comunicação ou nas redes sociais. Este burburinho é excelente porque dissemina o perigo de se relacionar com uma pessoa tóxica.
Como é impossível prever o caráter de alguém somente ao olhar para ele, infelizmente é fácil se ver preso a um relacionamento amoroso nada agradável. Os sentimentos nutridos pelo outro tornam ainda mais difícil se afastar, embora a convivência não seja boa.
O abuso no relacionamento pode acontecer de várias formas. Normalmente, é uma mistura de tipos diferentes, os quais possuem o poder de reduzir a autoestima e a autoconfiança das pessoas à poeira. O parceiro abusivo tende a seguir um ciclo conhecido como “ciclo da violência”.
Esse, por sua vez, se caracteriza como condutas agressivas e humilhantes seguidas de ações que despertam emoções boas. Essas podem envolver elogios, presentes, viagens, festas, surpresas românticas ou qualquer coisa que o parceiro goste. Esta é uma maneira eficiente de reconquistar a confiança do outro.
Para você entender melhor como o abuso funciona dentro do relacionamento abusivo, veja abaixo os tipos conhecidos até então. Ressalto que qualquer pessoa, seja homem ou mulher, pode ser a vítima ou o agressor de uma relação tóxica.
Abuso emocional/psicológica
A agressão emocional ou psicológica consiste em humilhações constantes, seja em público ou na privacidade do lar. O parceiro abusivo te isola dos amigos e dos familiares, controla os seus horários e as suas roupas, e faz ameaças quando você o contraria. Perseguições após o término também são comuns.
Ele duvida da sua inteligência e do seu valor e faz pouco caso dos seus sentimentos, afirmando que você é louco ou fresco demais. Além disso, pode difamar a sua reputação ao espalhar mentiras e/ou boatos.
Abuso verbal
Envolve xingamentos, gritarias, discussões e palavras ásperas. Tudo que é dito é usado para fazê-lo se sentir mal ou plantar alguma emoção ruim, como raiva, ressentimento ou tristeza. Chantagens emocionais para fazê-lo se sentir culpado também são extremamente recorrentes.
Abuso físico
A agressão física é a forma de violência nos relacionamentos mais conhecida. Ela pode acontecer do nada ou após o parceiro já ter feito você passar pelas demais formas de abuso. Ela envolve empurrões, tapas, chutes, socos e todo contato físico brusco voltado para causar dor. É provável que uma reação violenta durante uma discussão simples resulte em mais comportamentos agressivos no futuro.
Abuso sexual
Além do estupro, o abuso sexual também engloba toques indesejados e outras atividades sexuais não consensuais. É possível o abuso sexual acontecer entre casais, apesar dessa possibilidade não costumar ser considerada pelas pessoas.
Só porque alguém está namorando ou casado não significa que o consentimento é garantia para quaisquer atividades sexuais. A vontade de ambos deve ser considerada no momento do sexo.
Sinais de um relacionamento abusivo
Agora que você já sabe quais são as formas de abuso possíveis, é preciso conhecer os sinais. O comportamento do parceiro obviamente é um sinal muito claro da toxicidade do relacionamento, porém, as suas próprias emoções e pensamentos também são alertas importantes.
Teoricamente, as pessoas se relacionam porque gostam ou amam os parceiros. O sentimento é tão avassalador que desejam passar o resto da vida (ou a maior parte) com o outro. Quando a relação apresenta problemas além dos normais, como agressão física e ciúme possessivo, deixa de ser gostosa, não é?
Você passa a se sentir cansado, assustado e confuso, além de duvidar da verdadeira identidade e caráter do parceiro. Essas emoções negativas são alertas importantes que não devem ser ignorados. Outros sinais incluem:
- Você se pergunta se não está ficando louco.
- Você começa a considerar se as suas especulações não são coisas da sua cabeça.
- Você se sente pequeno e sem importância.
- Sua autoestima está extremamente baixa.
- Você perde a vontade de falar com amigos e familiares.
- Você constantemente busca a validação do seu parceiro.
- Você passa a acreditar nas palavras dele ou dela.
- Você acha que ninguém vai gostar de você além do seu parceiro.
- Conversar com o parceiro tornou-se difícil. Às vezes, você sente medo de abordar determinado tópico.
- Você inventa desculpas mirabolantes para explicar o comportamento atípico do parceiro.
- As suas mentiras para pessoas queridas aumentam.
- Você também mente para si mesmo que está tudo bem, apesar de saber que a situação que vive não é normal.
- Você deixa de trabalhar ou fazer o que ama por causa do parceiro.
Por que terminar um relacionamento abusivo é difícil?
Terminar um relacionamento abusivo não é tão fácil quanto parece. Por envolverem emoções abundantes, até mesmo as relações amorosas mais saudáveis tendem a se arrastar quando um dos parceiros deseja terminar.
No caso de relacionamentos abusivos, a pessoa ainda pode nutrir certo carinho pelo parceiro. Esse sentimento, embora pareça loucura para quem vê de fora, é muito forte e capaz de prolongar uma relação sem futuro.
Como a sua autoestima já está muito baixa por conta dos abusos sofridos, ela não consegue deixar o parceiro de primeira. Provavelmente, não conseguirá terminar nem na segunda ou terceira tentativas.
A dependência emocional desenvolvida ao longo do relacionamento a impede de esquecer o parceiro. A pessoa tem medo do futuro, de ficar sozinha, de nunca mais ser amada, de ser rejeitada e de ser esquecida. Para ela, faz sentido aguentar todos os abusos para ser amada pelo parceiro.
Outras questões podem interferir na decisão do término, como a criação dos filhos, casamento, muitos anos juntos, condição financeira, opinião dos familiares, medo de uma possível retaliação agressiva do parceiro e depressão.
Essas são algumas das razões que levam as vítimas de violência doméstica a voltarem para seus parceiros. Não é porque gostam da situação. Ninguém gosta de ser maltratado. O abuso contínuo infelizmente é capaz de roubar a perspectiva de uma vida melhor da pessoa.
Como terminar um relacionamento abusivo?
É preciso ser forte e consciente de seu próprio valor para se livrar de um relacionamento abusivo. Você, acima de tudo, deve olhar para si mesmo e refletir sobre a qualidade da sua vida atual. Por que você não está feliz? Você consegue ser feliz com o seu parceiro?
O futuro também deve ser considerado. Como você imagina o futuro ao lado dessa pessoa? Ele é repleto de oportunidades e momentos felizes, ou é mais uma extensão da infelicidade atual?
Outro ponto importante é o reconhecimento de suas próprias qualidades. Ninguém é desprovido de virtudes. Você definitivamente possui muito para oferecer ao mundo, mesmo que ainda não tenha descoberto os detalhes de como fazê-lo.
É claro que não é tão simples seguir esses passos. A pessoa que sofre qualquer forma de abuso precisa de tempo para reconstruir a sua autoimagem. Você pode buscar ajuda para assimilar os sinais de alerta do relacionamento e fortalecer o seu amor-próprio com amigos, familiares e, ainda, na terapia.
No entanto, caso tema por sua segurança, ligue para o 180.
A vida após o relacionamento abusivo
Voltar a viver normalmente depois do término pode ser um desafio.
Acostumado a viver na presença da pessoa tóxica, pode demorar alguns meses para você se ambientar com uma nova realidade. Do mesmo modo, sentir-se bem consigo é uma questão de tempo e, principalmente, de prática diária.
Um psicólogo pode ajudá-lo a digerir a negatividade vivida ao lado do parceiro abusivo bem como a fechar as muitas feridas criadas durante o relacionamento. É importante não se deixar levar pelo ressentimento e raiva após o término. Embora compreensíveis, esses sentimentos não o ajudam a seguir em frente.
O período depois do término costuma ser de redescobrimento da individualidade. Aproveite a liberdade recém-conquistada para cuidar de si mesmo, rever quem você ama e desfrutar da própria companhia.
Psicólogos para Relacionamentos
Conheça os psicólogos que atendem casos de Relacionamentos no formato de terapia online por videochamanda:
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Fernanda Lorenção
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Fernanda de França Lorenção é formada em psicologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e especialista em saúde com ênfase em saúde da mulher, também pela UNIFESP
Valor R$ 285
próximo horário:
07/out. às 14:00hs -
Vicente Araújo
Consultas presenciais
Consultas por vídeoPsicólogo Clínico à 25 anos, especialista em Psicologia Hospitalar e pós graduado em Saúde Mental, com atuação mais voltada para prática Clínica, também passando por vivências na atenção básica, gestão de equipes multiprofissionais, saúde do trabalhador monitoramento de estágios e palestras.
Valor R$ 140
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08/out. às 17:00hs
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).