Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thiago Galdino de Souza - Psicólogo CRP 04/36869
Aprender a reconhecer os sintomas da ansiedade pode ajudá-lo a encontrar o motivo para problemas inexplicáveis. Além da ansiedade se manifestar de diversas formas, cada pessoa a sente de um jeito.
O sentimento de ansiedade, por exemplo, pode não ser sentido com tanta intensidade por alguns indivíduos, deixando-os confusos quando recebem o diagnóstico.
Muitos incômodos emocionais podem ser motivados pela ansiedade. Como os seus sintomas são desconhecidos, as pessoas acabam atribuindo-os as suas próprias personalidades.
A descoberta de que outros sentem o mesmo é recebida com surpresa. Logo, descobrem que é possível modificar aquele suposto traço de personalidade causador de sofrimento.
O Brasil vive uma epidemia de ansiedade, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O país detém a maior taxa de pessoas ansiosas do mundo. Isso quer dizer que a quantidade de gatilhos para a ansiedade patológica é alto. Assim, saber reconhecer os sintomas se torna ainda mais importante.
O que causa a ansiedade?
A ansiedade é uma resposta natural do corpo ao estresse, sendo uma sensação de medo ou apreensão em relação ao futuro.
Dessa forma, todos experimentam ansiedade em algum momento da vida, especialmente ao enfrentar situações desafiadoras, como falar em público, fazer uma prova importante ou lidar com problemas no trabalho.
No entanto, quando a ansiedade se torna persistente, excessiva e interfere na vida diária, pode ser considerada um transtorno.
Os transtornos de ansiedade são os distúrbios mentais mais comuns, afetando milhões de pessoas em todo o mundo.
Eles podem se manifestar de várias formas, incluindo transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, fobias específicas, entre outros.
Alguns dos fatores que podem levar ao desenvolvimento da ansiedade são:
- Fatores biológicos:
- Genética: Histórico familiar de transtornos de ansiedade.
- Química cerebral: Desequilíbrios de neurotransmissores como serotonina, dopamina e norepinefrina.
- Problemas médicos: Condições de saúde como doenças cardíacas, diabetes, problemas de tireoide e doenças respiratórias crônicas.
- Fatores psicológicos:
- Traumas: Experiências traumáticas na infância ou em qualquer fase da vida.
- Personalidade: Pessoas com certos traços de personalidade, como perfeccionismo ou baixa autoestima, podem estar mais predispostas.
- Estresse contínuo: Estresse prolongado no trabalho, nos relacionamentos ou em outras áreas da vida.
- Fatores ambientais:
- Situações estressantes: Desemprego, divórcio, infidelidade no relacionamento, vestibular, acidentes, morte de alguém querido, crise financeira, assalto, brigas e discussões, etc.
A ansiedade também pode ser o resultado de uma combinação de vários desses fatores, e a experiência de cada pessoa com a ansiedade pode ser única.
Portanto, a compreensão dessas causas é crucial para a criação de estratégias de enfrentamento e tratamento, que podem incluir terapia, medicação, mudanças no estilo de vida e suporte social.
Qual a relação entre a ansiedade e o medo?
Ambos servem como mecanismos de defesa, preparando o corpo para lidar com ameaças potenciais e ativando o sistema nervoso autônomo, o que resulta em sintomas físicos, como aumento da frequência cardíaca, respiração rápida, sudorese e tensão muscular.
Contudo, suas diferenças são marcantes.
O medo é uma resposta imediata e intensa a uma ameaça específica e real, como ver uma cobra ou estar em uma situação de perigo iminente.
Ou seja, ele é uma emoção aguda e de curta duração que se resolve quando a ameaça desaparece.
Em contraste, a ansiedade é uma resposta difusa e persistente a ameaças percebidas ou futuras, sem um estímulo específico.Assim, pode ser crônica, permanecendo mesmo na ausência de um perigo claro.
Por exemplo, a ansiedade pode surgir ao pensar sobre uma apresentação futura ou situações hipotéticas, como a preocupação constante com a possibilidade de perder o emprego.
Portanto, enquanto o medo é intenso e temporário, a ansiedade é menos intensa, mas prolongada e generalizada, sendo mais difícil de controlar.
Em termos gerais, a ansiedade pode ser vista como um medo antecipado, causando um impacto significativo na vida diária e afetando o desempenho no trabalho, nas relações pessoais e na saúde geral.
Como saber se estou tendo uma crise de ansiedade?
Reconhecer uma crise de ansiedade pode ser desafiador, especialmente se você nunca experimentou uma antes. Então, para te ajudar a identificar, aqui estão alguns sinais e sintomas comuns que podem indicar que você está passando por essa situação.
- Palpitações
- Falta de ar
- Tremores
- Sudorese
- Náusea ou dor abdominal
- Dormência ou formigamento
- Medo intenso
- Preocupação excessiva
- Medo de morrer
- Evitamento
- Agitação
Por fim, para confirmar se você está tendo uma crise de ansiedade, é importante observar a frequência e a intensidade dos sintomas. Se eles são recorrentes e afetam significativamente sua vida diária, é aconselhável procurar ajuda profissional.
Sintomas da ansiedade
Os sintomas da ansiedade são físicos, emocionais e psicológicos, sendo que uma pessoa pode sentir mais sintomas de uma categoria do que outros.
Dessa forma, nenhum quadro de ansiedade é totalmente idêntico e isso pode acabar confundindo o ansioso.
Da pessoa ansiosa é esperado que os períodos mais comuns de manifestação dos sintomas, bem como a intensidade dos mesmos, sejam notados.
Essas informações são úteis para fazer o diagnóstico no consultório médico ou na clínica de psicoterapia, seja presencial ou virtual.
Se você suspeita que os seus desconfortos emocionais e físicos possam estar ligados à ansiedade patológica, mas não sabe nada sobre ela, a lista abaixo vai ajudá-lo a chegar a uma conclusão.
Veja com quantos sintomas da ansiedade você se identifica e quando se manifestam.
1. Preocupação excessiva
Pessoas ansiosas se preocupam com eventos que ainda não aconteceram. Seus devaneios vão longe e geralmente são pessimistas, fazendo-as sofrer por antecedência.
Na maioria das ocasiões, os cenários trágicos não se concretizam, mas a pessoa insiste em remoer as sensações incômodas oriundas desses pensamentos.
A preocupação excessiva também pode estar relacionada ao passado. Após uma reunião, encontro ou saída com amigos, o ansioso repassa as suas falas e comportamentos, procurando erros em sua forma de agir.
Assim, preocupa-se se os demais compreenderam as suas palavras ou o interpretam incorretamente.
Há uma inclinação ao negativo em quadros de ansiedade, o que pode explicar a necessidade de se preocupar com o ruim em vez de esperar o bom. Pensar dessa maneira é reconfortante para o ansioso, por isso pode ser difícil quebrar o hábito.
2. Ganho ou perda de peso
Você já sentiu vontade de comer para acalmar a ansiedade?
Até mesmo pessoas que não são ansiosas podem fazer isso quando não se sentem bem.
A compulsão alimentar é ainda mais grave na ansiedade patológica. A vontade de comer doces, pães, massas e fontes de carboidrato no geral é corriqueira.
Consequentemente, o consumo desses alimentos causa o aumento do peso.
O apetite também pode desaparecer devido à inquietação constante. Ela interfere no metabolismo, acelerando-o, e acaba com a vontade de comer.
Por isso, se houver perda de peso acentuada em um curto período é necessário se questionar sobre as razões por trás dela.
3. Evitar determinadas situações
Um dos sintomas da ansiedade mais difíceis de perceber é o comportamento esquivo. A pessoa ansiosa não o vê, a princípio, como algo necessariamente ruim.
Ela simplesmente prefere evitar situações sociais para não se sentir desconfortável.
À medida que gratifica esse comportamento, porém, ele pode sair do controle e fazer a pessoa temer situações sociais simples. Por conseguinte, a ansiedade se fortalece nessas ocasiões e outros sintomas podem aparecer, como o mutismo seletivo ou o pânico.
4. Memória e concentração prejudicadas
A ansiedade causa perda de memória porque diversas áreas do cérebro se tornam ativas em momentos de estresse.
O resultado dessa perturbação cerebral é a dificuldade para se concentrar em tarefas simples e danificação da memória de curto prazo.
Por essa razão, as pessoas ansiosas às vezes têm dificuldade para conversar sobre assuntos complexos, reter informações e explicar pontos de vista.
5. Crises de ansiedade (ou ataque de pânico)
A crise de ansiedade, ou de pânico, é um dos mais graves sintomas da ansiedade. A sua aparição sugere uma debilitação no quadro de saúde mental da pessoa ansiosa.
Ela pode acontecer a qualquer momento, mas tende a ser desencadeada por gatilhos, como interações sociais desgastantes.
É recomendado procurar um psicólogo após a primeira crise para prevenir outras e dar início ao tratamento da ansiedade.
6. Insônia
A dificuldade para dormir é um sintoma clássico. Se você tem passado noites em claro, remoendo acontecimentos passados ou pensando no futuro, pode estar com ansiedade.
Você também pode permanecer acordado sem saber a razão e, por mais que tente relaxar, não conseguir pregar o olho.
Quando estamos bem conosco, dormir não é um problema, especialmente quando se é jovem. Pacientes mais velhos têm uma dificuldade natural para dormir, portanto, a ansiedade pode passar despercebida.
7. Taquicardia
A taquicardia pode ser assustadora. O ansioso pode acreditar estar sofrendo de uma doença cardíaca ou estar prestes a ter um infarto. Essa preocupação costuma levar as pessoas ao médico para fazer uma bateria de exames.
Essa postura é a correta, pois é preciso anular a possibilidade de patologias físicas.
A taquicardia associada à ansiedade pode se manifestar tanto em momentos de agitação quanto de estresse ou mesmo de repouso, como antes de dormir ou durante a execução de uma atividade.
8. Falta de ar
A falta de ar ocorre principalmente durante uma crise de ansiedade. O que a difere da hiperventilação causada por outras patologias é o seu desencadeamento.
Ela costuma acontecer após um pensamento ansioso, uma emoção forte ou um acontecimento temeroso. Por vezes, um copo de água ou a respiração profunda acaba com esse sintoma desagradável.
9. Pensamento acelerado
Pensamentos desconexos e acelerados são um dos sintomas da ansiedade mais marcantes. O ansioso pensa o dia inteiro sobre diversos assuntos, empilhando-os em sua mente de maneira ilógica.
Quando perguntado sobre as suas preocupações, ele não consegue explicá-las com clareza. É difícil, para ele, analisar os seus próprios devaneios.
A incapacidade de descansar a mente gera outros sintomas, como dor de cabeça, apreensão, falta de ar, taquicardia, entre outros. A relação entre a qualidade dos pensamentos e a ansiedade é muito forte.
Idealmente, o ansioso vigiaria os seus devaneios para prevenir o agravamento da ansiedade patológica. Com o tempo, esse policiamento deixa de ser necessário.
10. Tensão muscular
Passar o dia inteiro preocupado deixa os músculos tensos! O pescoço, ombros e cabeça costumam ser os recipientes da tensão resultante da ansiedade, mas outras regiões do corpo podem ser atingidas.
A tensão muscular acontece porque o corpo se prepara para “lutar ou fugir” quando a ansiedade ou o estresse se elevam.
Se você passa grande parte do seu dia preocupado, é provável que o seu organismo esteja sempre tenso, esperando uma ameaça surgir.
O que fazer para controlar crise de ansiedade?
Controlar uma crise de ansiedade pode ser complexo, mas existem várias estratégias eficazes que podem ajudar a aliviar os sintomas e restaurar o equilíbrio emocional.
Dessa forma, algumas abordagens práticas envolvem:
- Técnicas de respiração: Inspire profundamente pelo nariz, permitindo que o abdômen se expanda, e expire lentamente pela boca. Assim, você pode reduzir a hiperventilação e acalmar o sistema nervoso.
- Meditação: Praticar a meditação guiada pode ajudar a focar a mente no presente e reduzir o pensamento ansioso.
- Exercício regular: A atividade física pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar o bem-estar geral.
- Exercícios de atenção plena: Prestar atenção aos seus sentidos e ao ambiente ao seu redor, como observar os detalhes de um objeto ou ouvir os sons ao seu redor, pode ajudar a ancorar a mente no presente.
- Desafiar pensamentos negativos: Identificar e questionar pensamentos irracionais ou catastróficos, substituindo-os por pensamentos mais realistas, equilibrados e positivos.
- Terapia: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) e outras formas de psicoterapia podem ser muito eficazes no tratamento da ansiedade.
- Sono adequado: Manter uma rotina de sono regular e de qualidade pode ajudar a controlar os sintomas de ansiedade.
- Alimentação saudável: Evitar cafeína e açúcar excessivo, que podem exacerbar a ansiedade.
Conclusão
Ficar atento aos sintomas da ansiedade é essencial para buscar ajuda adequada e melhorar a qualidade de vida.
Dessa forma, identificar sinais como palpitações, falta de ar, tontura, medo intenso e preocupação excessiva pode ajudar a reconhecer uma crise de ansiedade ainda no início e tomar medidas para controlá-la.
Embora alguns sintomas sejam normais em situações estressantes, a persistência e a intensidade desses sinais podem indicar a necessidade de intervenção profissional.
Portanto, ao observar esses sintomas e buscar tratamento quando necessário, você pode gerenciar melhor a ansiedade e implementar estratégias eficazes para promover um bem-estar emocional e físico mais equilibrado.
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Autor: psicologo Thiago Galdino de Souza - CRP 04/36869Formação: O psicólogo Thiago Galdino é graduado pela Associação Catarinense de Ensino (A.C.E), possui especialização em Saúde Mental e Coletiva pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC -Barbacena), é especialista em Transtorno do espectro autista (TEA), com a abordagem Son Rise-Nível 1.
Excelente!!! Muito elucidativo o artigo a respeito da: ANSIEDADE! GOSTEI MUITO! BRIGADUUU!!! Porém, os demais artigos, também são muito bons.
Olá! Ficamos felizes que tenha gostado do conteúdo.