Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Lucas Hopner - Psicólogo CRP 07/20924
Cada vez mais cresce a busca por um profissional profissional que trata ansiedade para obter o diagnóstico correto e seguir com o tratamento ideal, já que esse transtorno, apesar de apaz de causar danos psicológicos e atrapalhar a vida de quem sofre com ele, é totalmente curável.
Essa condição pode se manifestar de distintas formas, sendo que o acompanhamento de um especialista na área tem a possibilidade de variar de acordo com a necessidade e os sintomas apresentados pelo paciente.
O que é transtorno de ansiedade?
Antes de saber o que é ansiedade, é importante considerar que estar ansioso faz parte de uma emoção natural em resposta a situações de perigo ou ameaça.
Entretanto, quando se torna excessiva, persistente e prejudica a rotina diária do indivíduo, pode evoluir para um transtorno.
Neste caso, é mais do que apenas preocupação ocasional ou estresse diante de eventos estressantes normais.
Cada tipo de transtorno de ansiedade possui características específicas relacionadas e ele, mas todos compartilham a presença de uma emoção intensa que interfere significativamente na vida cotidiana, afetando o desempenho nas atividades pessoais, profissionais e sociais.
Ou seja, a sensação, em si, não é prejudicial, mas quando se torna crônica e prejudica a qualidade de vida, passa a ser recomendado buscar o suporte de um profissional que trata ansiedade para um diagnóstico adequado e tratamento.
Veja o vídeo abaixo para identificar alguns sinais de que você possui esse transtorno:
Quais são os sintomas de uma crise de ansiedade?
Os transtornos de ansiedade podem causar no corpo diversas sensações, mas geralmente estes pontos estão divididos entre sintomas físicos, cognitivos e emocionais.
Cada pessoa apresenta uma combinação de indícios distintos e é importante ressaltar que a presença de algum desses não significa necessariamente que uma pessoa esteja passando por uma crise ansiosa.
Conheça alguns sinais de que você está iniciando ou no meio de uma crise:
Físicos
- Respiração rápida;
- Falta de ar
- Sensação de sufocamento;
- Tremores;
- Dificuldade para dormir ou insônia causada pela ansiedade norturna;
- Sono em excesso;
- Sensação de aperto no peito ou dor na região;
- Aceleração nos batimentos cardíacos;
- Tensão muscular;
- Sudorese excessiva;
- Tontura ou vertigem;
- Náuseas ou desconforto gastrointestinal;
- Alterações de apetite (perda ou aumento expressivo);
- Boca seca;
- Sensação de formigamento ou dormência.
Cognitivos
- Preocupação intensa;
- Pensamentos negativos persistentes;
- Sensação de que algo terrível está prestes a acontecer;
- Medo de perder o controle ou enlouquecer;
- Dificuldade de concentração;
- Dificuldade em tomar decisões.
Emocionais:
- Inquietação constante;
- Medo intenso ou pavor;
- Irritabilidade;
- Impaciência;
- Sensação de estar fora de controle emocionalmente;
- Choro frequente;
- Sobrecarga emocional.
O que causa os transtornos de ansiedade?
Os transtornos de ansiedade são influenciados por uma combinação de fatores.
Ou seja, provavelmente não há um motivo específico, mas passar por várias situações desencadeantes ao longo da trajetória do indivíduo contribuem para o desenvolvimento do distúrbio mental.
Conheça abaixo alguns fatores que podem desempenhar esse papel:
Predisposição genética
Existe uma tendência hereditária para os transtornos ansiosos, o que significa que pessoas com histórico familiar de distúrbios relacionados à saúde mental têm maior probabilidade de desenvolvê-los.
Lembrando que isso se trata de predisposição e não uma regra. Em geral, é preciso combinar outros acontecimentos para que a pessoa se torne, de fato, ansiosa.
Desequilíbrios neuroquímicos
Alterações nos neurotransmissores (substâncias químicas cerebrais) envolvidos na regulação do humor e da ansiedade, como a serotonina, a noradrenalina e o ácido gama-aminobutírico (GABA), podem desempenhar um papel nos transtornos de ansiedade quando estão fora dos níveis de balanceamento considerados comuns.
Experiências traumáticas
Traumas ou eventos estressantes significativos, como abuso, violência, acidentes graves, perda de entes queridos ou outros acontecimentos traumáticos na infância, acabam aumentando o risco de desenvolver transtornos de ansiedade.
Geralmente, são esses eventos que possuem algum tipo de gatilho mental, que fazem com que a pessoa ansiosa tenha uma crise ao encontrar algum padrão em outra situação — mesmo que, no final, ela seja completamente diferente.
Por exemplo: uma pessoa que caiu de uma escada e se machucou pode se sentir mal ao se deparar com outros cenários em que ela poderia também cair.
Estresse crônico
Altos níveis de estresse crônico, como pressões no trabalho, problemas financeiros, conflitos familiares ou eventos estressantes contínuos, podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade.
Aquela sensação ruim ao fazer reuniões com autoridades de trabalho, por exemplo, podem ser muito mais graves quando há uma recorrência de experiências estressantes como essa.
Inclusive, isto pode aparecer em situações que não são consideradas estressantes para a maioria das pessoas, mas para o indivíduo, é.
Esse é o caso da ansiedade social, que se manifesta em quem sente dificuldades de interagir e lidar com o mundo a sua volta.
Traços de personalidade relacionados ao extremo
Existem algumas características pessoais que facilmente podem estar relacionadas a certos extremismos e contribuem para o desenvolvimento da ansiedade.
Perfeccionistas, por exemplo, acabam não conseguindo executar as tarefas dentro da normalidade por hiperfocarem no resultado sem defeitos.
Esse também é o caso de indivíduos excessivamente preocupados ou com tendência a pensamentos negativos, já que sempre estão ocupando a mente com cenários catastróficos.
Quem pode ter transtorno de ansiedade?
Qualquer pessoa pode desenvolver ansiedade, uma vez que fatores como idade, gênero, raça, etnia ou status socioeconômicos não são capazes de determinar o surgimento desse transtorno.
No entanto, é importante notar que certos fatores acabam aumentando a vulnerabilidade de uma pessoa ao desenvolvimento de um transtorno de ansiedade. Isso inclui:
- Histórico familiar;
- Experiências de vida adversas e traumáticas;
- Condições médicas, principalmente as hormonais e neurológicas;
- Uso de substâncias como álcool, drogas ilícitas e certos medicamentos em excesso;
- Outros transtornos mentais;
- Rotinas constantemente estressantes e com pressão diária.
Qual o profissional que trata ansiedade? Neurologista, psicólogo ou psiquiatra?
O tratamento da ansiedade envolve diferentes áreas da saúde mental, dependendo da abordagem terapêutica e das necessidades individuais de cada pessoa.
Os especialistas mais comuns envolvidos são os psicólogos, psiquiatras e, em alguns casos, os neurologistas, sendo que, muitas vezes, isso se torna um trabalho colaborativo entre essas áreas.
Veja o papel principal de cada um para entender qual o profissional que trata ansiedade mais adequado para você:
Psicólogo
Estes especialistas trabalham com técnicas e estratégias terapêuticas para identificar padrões de pensamento, emoções e comportamentos relacionados à ansiedade, promovendo mudanças positivas e desenvolvendo habilidades de enfrentamento saudáveis.
Assim, o paciente poderá aprender a lidar e controlar o pensamento ansioso.
Psiquiatra
Eles têm formação médica e, portanto, têm o aval para prescrever medicamentos, se necessário, para tratar a ansiedade.
Além disso, os psiquiatras também são capazes de fornecer terapia psicoterapêutica.
Neurologista
Geralmente não estão envolvidos no tratamento direto da ansiedade, mas eles podem ser consultados para descartar ou tratar condições neurológicas que possam contribuir para os sintomas ansiosos.
Como tratar o transtorno de ansiedade?
É importante considerar que estratégias de enfrentamento evasivas — ou seja, achar que consegue lidar com o problema evitando-o ou fugindo de situações que costumam desencadear em comportamento ansioso — não são eficazes e, inclusive, podem agravar a situação.
Portanto, é importante falar com um especialista para aliviar o quadro ansioso.
O procedimento utilizado vai depender do profissional que trata ansiedade escolhido, uma vez que a psicologia e a psiquiatria focam em pontos diferentes.
Desta forma, existem duas vertentes principais pora o tratamento desse distúrbio:
Terapia psicoterapêutica
A terapia psicoterapêutica, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), é amplamente utilizada nesses casos.
Isso porque a TCC ajuda a identificar padrões de pensamento negativos ou distorcidos que contribuem para a ansiedade e trabalha na modificação desses pensamentos.
Além disso, também ajuda a desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis.
Medicamentos
Em alguns casos, um psicólogo vai recomendar o encaminhamento para um psiquiatra, para que este possa prescrever medicamentos para ajudar a controlar os sintomas de ansiedade.
É importante destacar que a escolha do profissional pode depender da gravidade dos sintomas, das preferências pessoais e das recomendações do médico assistente.
Em muitas situações, uma abordagem colaborativa entre psicólogos e psiquiatras é benéfica, combinando a terapia psicoterapêutica com o uso de medicamentos, se necessário.
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Autor: psicologo Lucas Hopner - CRP 07/20924Formação: O psicólogo Lucas Höpner é formado em Psicologia pela Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUCRS), possuindo especialização em Psicoterapia Clínica pelo Instituto Fernando Pessoa, atuando no atendimento de adolescentes e adultos desde o ano de 2012.