Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773
Possivelmente, você já viu ou ouviu algo relacionado aos gatilhos emocionais, principalmente nas redes sociais, onde as postagens com a expressão “alerta de gatilhos” têm se tornado cada vez mais comuns.
No entanto, apesar do termo ser utilizado de forma corriqueira e muitas vezes ser banalizado, os gatilhos emocionais devem ser identificados e olhados com muita atenção, uma vez que podem gerar sofrimentos mentais e ativar diversos traumas.
Sim, essa é uma importante questão de saúde mental.
Por isso, continue acompanhando este artigo para saber exatamente o que são os gatilhos mentais e como a terapia pode te ajudar a lidar de forma saudável com eles.
Boa leitura!
O que são gatilhos emocionais? (Significado/conceito)
Gatilhos emocionais consistem em situações que causam fortes reações emocionais e/ou ativam algum trauma em um indivíduo.
Os acontecimentos que despertam o gatilho podem ser desde uma simples conversa ou um cheiro até o encontro com uma pessoa.
Antes de seguirmos, saiba que, apesar de a maioria das pessoas associarem os gatilhos emocionais a apenas sentimentos ruins, eles também podem se referir a boas emoções.
Isso significa que, diante de uma situação que desperta gatilhos, o indivíduo pode sentir emoções como alegria e êxtase ou medo, angústia, ansiedade e raiva, por exemplo.
Sintomas gerados por gatilho emocional: Como identificá-lo?
Quando não se tem conhecimento dos seus gatilhos emocionais, muitas vezes o indivíduo não consegue ter controle sobre as suas reações.
Afinal, são provocadas respostas imediatas, sendo que alguns sentimentos vêm à tona instantaneamente.
No entanto, o autoconhecimento pode te ajudar a identificar se você está ou não diante de um gatilho para, assim, controlá-lo.
Para te ajudar, listamos alguns sintomas gerados pelos gatilhos emocionais negativos:
Desconforto e/ou sensação de mal-estar
Um dos principais sintomas provocados após a vivência de alguma situação que desperte um gatilho é o desconforto, principalmente em situações que não causam nenhum sofrimento para outras pessoas, apenas para você.
Aqui, é comum sentir-se desconfortável em determinado lugar ou na presença de uma pessoa, por exemplo, e desencadear uma crise de ansiedade, pânico ou estresse.
Além disso, não é incomum a pessoa sofrer com alguma sensação de mal-estar também, como tremor, sudorese excessiva e alteração nos batimentos cardíacos.
Alterações de humor
Após a vivência de um gatilho emocional, é comum alterar o humor drasticamente.
Nesses casos, você pode apresentar um estresse, irritabilidade ou uma tristeza repentina, sem um motivo aparente.
Ou seja, pode estar tudo bem no seu trabalho, no seu lar e no seu relacionamento, mas, mesmo assim, você apresenta um quadro de alteração de humor.
Nesse sentido, vale a pena observar com atenção para perceber se isso não foi provocado após uma situação que te despertou um gatilho.
Forte emoção gerada por gatilhos emocionais negativos
Um outro sintoma que merece atenção são as fortes emoções negativas após um acontecimento que desperte o gatilho.
Você pode se sentir muito abalado e, até mesmo, relembrar traumas que aconteceram no passado.
Aqui, você pode ter as mais diversas emoções negativas e acabar se sentindo rejeitado, injustiçado, desamparado, traído, sufocado, etc.
Como desarmar gatilhos emocionais? Como lidar com essas armadilhas?
Aprender a lidar com os gatilhos emocionais é essencial. Afinal, como falamos, eles estão intrinsecamente relacionados à saúde mental.
Do contrário, isto é, caso você não os identifique e encontre mecanismos para lidar com eles, pode enfrentar sérios problemas para se socializar, trabalhar e, em alguns casos, enfrentar quadros de ansiedade e depressão.
Então, confira algumas dicas para iniciar esse processo!
Compreenda seus sentimentos atuais e a origem do gatilho
É muito importante que você procure entender o que acontece consigo quando se depara com uma situação em que um gatilho emocional é ativado.
Tente entender os sentimentos que são despertados para compreender o quão a situação te afeta.
Além disso, é muito importante encontrar a origem do gatilho. Foi algum trauma vivido na infância? Alguma traição em um relacionamento amoroso?
Fazer esse retrocesso é importante para que você consiga curar dentro de si essa mágoa que gera tanto desconforto.
Inclusive, vale dizer que tratar um trauma vai te ajudar não só na questão dos gatilhos, como em outras condições mentais.
Seja gentil com você mesmo(a)
Nesse processo de autoconhecimento, também é importante que você seja gentil consigo mesmo e não se cobre e nem se julgue por ter essas reações em situações aparentemente inofensivas para outras pessoas.
Entenda a realidade e não se sinta mal quando você reagir de forma negativa após um gatilho emocional, como com um choro ou um grito.
É claro que você deve tentar respirar e racionalizar para tentar ter o controle da situação. Mas isso é um processo. Então, se não der certo na primeira tentativa, tudo bem. Continue persistindo!
Desenvolva sua inteligência emocional
O desenvolvimento da inteligência emocional pode te ajudar em diversos momentos da sua vida, inclusive a lidar com os gatilhos emocionais.
Para quem não sabe, a inteligência emocional é a capacidade de identificar, monitorar e controlar nossos sentimentos e emoções.
A partir disso, é possível ter ações e pensamentos mais racionais.
Nesse sentido, fica claro que esse é um processo que contribui para a ressignificação dos acontecimentos e, naturalmente, para a sua saúde mental.
Identifique seus gatilhos emocionais positivos
Lembra que dissemos no início deste conteúdo que os gatilhos emocionais também podem ser positivos?
Então, além de identificar os negativos, procure identificar aqueles que te trazem uma sensação de felicidade também para controlar as emoções.
Dessa forma, quando algo te despertar um gatilho emocional negativo, procure fazer aquilo que você sabe que te dará prazer, como uma saída com os amigos.
Procure ajuda profissional e faça terapia
Para te ajudar em várias etapas que listamos anteriormente, como o desenvolvimento da inteligência emocional, o autoconhecimento e a compreensão da origem dos gatilhos, você pode precisar da ajuda de um psicólogo.
Sim, construir esse caminho sozinho pode ser difícil, sobretudo porque é um processo minucioso, gradativo e que precisa de muita paciência.
Dessa forma, nas sessões de terapia você conseguirá todo esse aporte para se autoconhecer e se autocuidar.
Terapia Cognitiva Comportamental: bom suporte para lidar com gatilhos emocionais
A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) conta com uma abordagem direta e estruturada em que se busca atuar sobre os comportamentos e emoções do paciente.
Para isso, o profissional leva em consideração o momento atual do indivíduo e os eventos mais significativos para ele.
Dessa forma, o psicólogo oferece diversos mecanismos para que o paciente consiga ressignificar as situações que lhe causam sofrimento.
Por isso mesmo, a TCC é um dos tipos de terapia mais recomendados para lidar com os gatilhos.
Durante as sessões, o psicólogo ensina o paciente como tratar gatilhos emocionais, por meio da escuta, do diálogo e, principalmente, da apresentação de caminhos para que ele possa racionalizar as suas emoções e reações.
Conclusão
Agora que você sabe o que são os gatilhos emocionais e entende a importância de aprender a lidar com eles para preservar a sua saúde mental, não deixe de colocar as nossas dicas em prática o quanto antes!
Foque no autoconhecimento, na ressignificação e não hesite em contar com uma ajuda profissional e especializada para tornar o processo mais intuitivo e tranquilo!
Leia também: “TDAH adulto: causas, sintomas, desafios, como lidar e tratamento“
Psicólogos para Saúde Mental
Conheça os psicólogos que atendem casos de Saúde Mental no formato de terapia online por videochamanda:
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Juliana Silva
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Juliana é graduada pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em Saúde Mental (IPEMIG) e Psicologia do Trânsito (UNIP). Possui também aperfeiçoamentos no HC-FM-USP- SP - em Terapias Cognitivas Comportamentais nos transtornos de ansiedade
Valor R$ 180
próximo horário:
12/dez. às 18:00hs -
Milla Marques
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Milla é graduada em Psicologia pela Faculdade Pitágoras de Uberlândia e também é especialista em Psicologia de Grupos e Desenvolvimento de Equipes. Possui, ainda, formação como Analista de Mapeamento do Perfil Comportamental pela ferramenta DISC.
Valor R$ 120
próximo horário:
13/dez. às 07:00hs
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).