Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thiago Galdino de Souza - Psicólogo CRP 04/36869

O medo da depressão retornar é um sentimento mais comum do que se imagina.
Quando livres da influência dos sintomas depressivos, as pessoas começam a perceber o quão graves eles, de fato, eram.
Essa consciência costuma ser desenvolvida ao longo do avanço do tratamento e ajuda pacientes a entenderem como a depressão afeta os seus comportamentos, pensamentos e sentimentos.
Quando se curam da depressão, muitas pessoas passam a temer voltar para aquele momento ruim de suas vidas.
Assim, o desejo de nunca mais precisar conviver com os sintomas da depressão pode ser tão intenso que, ao ter uma recaída, elas se sentem culpadas ou ficam ansiosas.
Será que a depressão está voltando?
O medo da depressão voltar
Quem já teve depressão em algum momento da vida ou acabou de receber alta do psicólogo e/ou psiquiatra pode temer a volta da doença.
Por terem sofrido meses ou anos com os sintomas depressivos, a possibilidade de precisarem passar por essa experiência novamente os assustam.
Por isso, é muito comum pacientes terem medo de tirar o remédio da depressão quando já não precisam mais dele, ou expressarem o desejo de continuar a terapia mesmo após a cura da condição.
De fato, muitas pessoas continuam a consultar o psicólogo por muitos anos até se sentirem seguras.
Ao fim do tratamento da depressão, pacientes costumam receber recomendações sobre o que podem fazer para levarem vidas de qualidade, como hábitos saudáveis que afastam recaídas.
Entretanto, consolidá-los ou dar continuidade a eles fora do tratamento pode ser desafiador.
É normal que eles não consigam fazer isso de primeira.
O medo da depressão voltar também aparece quando se sente qualquer coisa semelhante aos sintomas depressivos, por exemplo.
É normal ficar triste ou desanimado de vez em quando.
Alterações hormonais podem afetar o humor e a disposição e o acúmulo de estresse ao longo das semanas pode de repente deixá-lo triste ou irritado.
Quem já teve depressão pode temer essas emoções negativas, principalmente quando parecem não ter um motivo, e se cobrar para não deixar o seu humor oscilar dessa maneira outra vez.
Assim, esses indivíduos não se permitem digerir essas emoções e se preocupam excessivamente com a possibilidade de a depressão estar voltando.
Por isso, é preciso compreender que recaídas são normais e não devem ser temidas.
Não se sinta mal por ter tido alguns dias ruins ou tenha medo de estar com depressão novamente.
Altos e baixos são parte da vida.
A situação somente se torna um problema quando os sentimentos e os pensamentos negativos decorrentes desses lapsos se prolongam por dias ou semanas consecutivas.
A depressão pode voltar?
Sim, a depressão pode voltar.
De acordo com o DSM-V, pessoas que têm ou já tiveram transtorno depressivo maior possuem cerca de 60% de chance de terem uma recaída em algum momento da vida.
Sendo assim, podem passar meses sem ter sintomas depressivos e, subitamente, perceberem uma piora no que estão sentindo.
O período de oscilação depende do quadro de cada indivíduo.
Algumas pessoas são mais suscetíveis ao estresse, ansiedade e emoções negativas, por isso, podem ter várias recaídas ou ter uma grande recaída pouco tempo depois de cessar o tratamento.
Uma recaída é diferente de um breve período de mau-humor, indisposição e pensamentos negativos, por exemplo.
Como dito, pode haver várias explicações para essa oscilação de humor.
O critério de identificação de uma recaída da depressão, segundo o DSM-V, é ter, pelo menos, cinco dos seguintes sintomas todos os dias por duas semanas ou mais:
- Dificuldade para dormir;
- Perda de interesse em atividades consideradas prazerosas;
- Letargia inexplicável;
- Sentimento de incompreensão e de falta de valor;
- Culpa severa sem motivo;
- Dificuldade de concentração;
- Mudanças significativas no apetite e no peso;
- Pensamentos suicidas;
- Oscilações constantes de humor; e
- Agitação psicomotora, como movimentos rápidos ou lentos demais.
Se você se identificou com os sintomas mencionados, procure o seu médico ou psicólogo para fazer uma avaliação.
Não se sinta mal ou entre em desespero caso a depressão volte.
Você pode ficar frustrado consigo mesmo por não ter conseguido evitar uma recaída depois de tanto esforço e tempo dedicados para curar a depressão.
Mas a possibilidade de a doença retornar é uma característica da depressão.
Ou seja, não é uma ocorrência anormal ou um atestado de que você não foi forte o bastante para combater a condição.
Psicólogos e médicos estão preparados para ajudar pacientes a passarem por essa experiência, então aceite a ajuda dos especialistas mais uma vez e trabalhe para recobrar o seu bem-estar emocional.
Bons hábitos para desenvolver depois da depressão
Todos nós precisamos de encorajamento e pequenos lembretes de que existem muitas coisas boas nessa vida para ter boas experiências no dia a dia.
Para alguns, ler um artigo motivacional ou um livro de autoajuda pode ser o suficiente.
Já para outros, procurar ajuda profissional pode ser necessário.
Isso é verdade tanto para quem já teve uma condição de saúde mental quanto para quem nunca recebeu o diagnóstico de uma, por exemplo.
O problema é que existe uma crença popular que diz o exato oposto disso.
Procurar esses pequenos lembretes é visto como um sinal de fraqueza.
Embora muitos conceitos errôneos acerca da saúde mental tenham mudado nos últimos anos e a terapia seja bem mais aceita na atualidade, ainda há quem perpetue essa mentalidade.
Para esses indivíduos, a felicidade é inerente à condição humana e não precisa ser estimulada.
Se você não é feliz, então o problema está em você. Esse jeito de pensar não condiz com a realidade.
Por isso, precisamos encontrar razões para ser felizes e levar um modo de vida saudável, sim.
Pensando nisso, separamos algumas dicas de bons hábitos e atitudes para reproduzir depois da depressão.
1. Exercícios físicos
Praticar exercícios físicos é uma maneira natural e eficiente de elevar o humor e preservar a saúde mental, por exemplo.
Quando praticamos atividades ou exercícios físicos, neurotransmissores do bom humor e do bem-estar são liberados no organismo, promovendo uma sensação agradável de disposição e alegria.
Por isso, a prática diária ou regular prolonga os benefícios, ajudando o cérebro a regular a química cerebral e mantê-la equilibrada por um longo período.
Assim, movimentar o corpo com regularidade é recomendado tanto para quem está com depressão quanto para quem já teve.
Em casos leves, somente a prática de exercícios físicos, aliada à terapia, pode ser o suficiente para combater os sintomas depressivos.
2. Hobbies
A depressão rouba o prazer de praticar hobbies, atividades prazerosas a qual dedicamos tempo e energia simplesmente porque gostamos delas.
Não há um objetivo em particular, além do bem-estar emocional.
Então, retome a prática dos seus hobbies ou procure novas atividades para preencher o seu tempo livre.
Convide pessoas queridas para fazer algo divertido com você, como aprender um idioma, fazer uma aula de culinária ou praticar yoga, para se manter estimulado.
Você pode não ter motivação para prosseguir com a prática nas primeiras tentativas por ter colocado na sua cabeça que aquela atividade não é importante enquanto estava com depressão.
Por isso, faça um pouco de esforço até voltar a se sentir animado somente ao pensar em se dedicar àquele hobby.
3. Novidades
Assim como acontece com os hobbies, a depressão rouba a vontade de buscar coisas novas.
As novidades podem parecer supérfluas, mas são extremamente necessárias para a nossa felicidade e saúde mental.
Se não temos novidades em nossas vidas, ficamos presos na zona de conforto, fazendo a mesma coisa dia após dia.
A insatisfação com a vida, neste contexto, é uma questão de tempo.
Muitas pessoas acreditam que não precisam buscar novidades em suas vidas, pois, como dito, pensam que a felicidade é uma característica inerente do ser humano.
Todavia, é essencial buscar coisas novas, seja um curso, um relacionamento ou uma viagem, para trazer novos sentimentos e experiências para as nossas vidas.
4. Rede de apoio
Lidar com a depressão é sempre mais fácil com uma rede apoio. A sua pode ser formada por amigos, cônjuge, familiares, outros indivíduos que já tiveram depressão ou até o seu psicólogo.
Então, além de lhe apoiaram durante o tratamento, essas pessoas podem ajudá-lo a trazer pitadas de felicidade para a sua vida.
Convide-as para fazer atividades interessantes, participar de uma viagem ou para tomar um café durante a semana.
A depressão pode fazer com que você sinta que ninguém consegue compreendê-lo, mesmo quando os sintomas depressivos perdem a intensidade.
Enquanto as pessoas ao redor podem não saber exatamente como você se sente, elas podem ser empáticas com os seus problemas e tentar ajudá-lo a superar obstáculos da melhor maneira possível.
Psicólogos para Depressão
Conheça os psicólogos que atendem casos de Depressão no formato de terapia online por videochamanda:
-
Letícia Lopes
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Letícia Lopes é graduada pela Universidade Paulista e pós-graduanda em Saúde Mental pelo CEPPS. Utilizando como base para os seus atendimentos a abordagem Humanista, Letícia atende em seu consultório demandas como Ansiedade, Depressão, Estresse, Fobias etc.
Valor R$ 230
próximo horário:
13/jun. às 09:00hs -
Yan Silvério
Consultas presenciais
Consultas por vídeoYan Silvério é graduado em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) no ano de 2011 e atualmente é mestrando no programa de pós-graduação da Universidade Federal do ABC (UFABC).
Valor R$ 150
próximo horário:
17/fev. às 16:00hs
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Autor: psicologo Thiago Galdino de Souza - CRP 04/36869Formação: O psicólogo Thiago Galdino é graduado pela Associação Catarinense de Ensino (A.C.E), possui especialização em Saúde Mental e Coletiva pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC -Barbacena), é especialista em Transtorno do espectro autista (TEA), com a abordagem Son Rise-Nível 1.