Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thiago Galdino de Souza - Psicólogo CRP 04/36869
Você já ficou desanimado, irritado ou triste quando o tempo não está bom?
A depressão sazonal é uma condição que possui uma conexão direta com o clima nublado, chuvoso e frio.
Em outras palavras, climas caracterizados pela falta ou a aparência limitada do sol.
O que é depressão sazonal?
A depressão sazonal, ou transtorno afetivo sazonal, é um subtipo de depressão que possui relação com a mudança do clima.
Ela não é uma condição por conta própria, mas um dos muitos especificadores utilizados para pontuar as variações do transtorno depressivo.
Essa condição é mais comum entre países de clima frio.
Uma plataforma de pesquisas do Reino Unido conduziu um estudo sobre esse tipo de depressão e descobriu que um pouco mais de 35% da população sente que o seu humor se altera durante o outono e inverno, mas não entende o porquê disso.
Quais são os tipos de depressão?
De acordo com o DSM V, existem muitos tipos de depressão cuja característica em comum é a persistência do humor triste, vazio ou irritável. São eles:
- Transtorno disruptivo da desregulação do humor: a irritabilidade constante é um dos principais sintomas dessa condição. Explosões de raiva e agressões verbais ou físicas são predominantes.
- Transtorno depressivo maior: forma clássica de depressão, caracterizada por episódios depressivos de, pelo menos, duas semanas de duração. Quando os sintomas continuam por dois ou mais anos, o transtorno é considerado crônico, passando a ser chamado de transtorno depressivo persistente ou distimia.
- Transtorno disfórico pré-menstrual: acontece durante o ciclo menstrual. É preciso que cinco sintomas depressivos estejam presentes para que o diagnóstico seja feito.
- Transtorno depressivo especificado: esta categoria engloba a manifestação de sintomas depressivos que causam sofrimento significativo em várias áreas da vida do indivíduo, mas não preenchem todos os critérios para o diagnóstico de um transtorno depressivo, como é o caso do transtorno afetivo sazonal.
Depressão sazonal: causas e fatores de risco
São múltiplos os fatores que podem afetar o nosso humor, não é mesmo?
Conversas desagradáveis, pessoas difíceis de lidar, experiências ruins ou traumáticas, estresse, ansiedade, notícias negativas e assim por diante.
O clima também possui essa capacidade.
Não é à toa, por exemplo, que pessoas de países mais frios parecem ser mais fechadas, irritadiças e desanimadas em relação àquelas que residem em países de clima quente, como o Brasil.
A diferença é bastante evidente e existe uma explicação para isso.
Depressão sazonal de inverno: por que o frio causa depressão?
A causa da depressão sazonal não é o clima frio em si.
A falta de exposição ao sol, seja em razão do tempo nublado, dias mais curtos durante o inverno ou não buscar os raios solares com tanta frequência, interfere na produção de serotonina.
Popularmente conhecido como hormônio do prazer, uma de suas funções é regular o humor.
Assim, baixos níveis de serotonina resultam em humor triste prolongado, desregulação dos hábitos alimentares, dificuldade de concentração, irritabilidade, fadiga constante e insônia.
Sendo assim, a desregulação na produção desse hormônio é um agravante para o desenvolvimento da depressão.
A ausência de raios solares também aumenta a produção do hormônio do sono, a melatonina.
O seu excesso no organismo causa sonolência diurna, sensação de cansaço, enxaqueca, confusão mental e alterações de humor.
Assim, esses sintomas, quando prolongados, podem desencadear a depressão.
Logo, o principal fator de risco para a depressão sazonal é a falta de contato com os raios solares.
Atualmente, a maioria das pessoas fica em casa ou dentro de escritórios pela maior parte do tempo, deixando de tomar a quantidade necessária de sol para auxiliar na produção de serotonina e de vitamina D.
A deficiência dessa vitamina no organismo também é um agravante para a depressão.
Entre os sintomas que evidenciam a necessidade de suplementar a vitamina D no organismo estão o cansaço constante, dor no corpo, queda de cabelo, baixa imunidade e humor triste.
Quem pode ter depressão sazonal?
Qualquer pessoa pode ter esse tipo de depressão. Como visto, ela é mais comum em quem vive em países de clima frio ou durante os meses mais frios do ano.
A sensibilidade ao estresse, ansiedade e tristeza, também pode tornar uma pessoa mais suscetível ao transtorno afetivo sazonal.
Por sentirem os seus efeitos com maior intensidade, pessoas com essa característica precisam desenvolver métodos para acalmar a ansiedade, aliviar o estresse ou elevar o humor.
Dessa maneira, reduzem a influência desses desconfortos emocionais nas suas vidas.
Principais sinais e sintomas da depressão sazonal
Os primeiros sinais da depressão sazonal são a mudança “súbita” de humor e a falta de vontade.
Um dos sintomas característicos da depressão é o desinteresse.
As pessoas deixam de fazer coisas que antes gostavam e vão perdendo a vontade de cuidar de si mesmas, trabalhar, interagir com amigos e familiares e cuidar da própria saúde.
Outros sintomas dessa condição são:
- Tristeza prolongada e sem motivo aparente;
- Dificuldade para dormir;
- Sensação de dormência emocional;
- Falta de energia para realizar atividades do dia a dia;
- Sensação constante de sonolência e/ou cansaço;
- Aumento significativo de pensamentos negativos;
- Sensação de inutilidade; e
- Alterações nos hábitos alimentares.
Como prevenir a depressão sazonal?
As melhores formas de prevenir a depressão sazonal é tomando sol e adotando hábitos saudáveis, principalmente quando o clima está frio.
É recomendado por especialistas tomar sol entre 15 e 20 minutos diariamente sem usar protetor solar, uma vez que o produto impede a metabolização da vitamina D.
Para isso, escolha horários em que os raios solares são mais leves, como no início da manhã ou no final da tarde.
Durante os horários de pico, entre às 12 e 14 horas, use protetor solar para proteger a pele.
Já quando se fala em hábitos saudáveis, logo se pensa em atividades físicas e alimentação.
Esses dois fatores são, de fato, importantes e devem ser incorporados na rotina.
Entretanto, há outros hábitos que você pode adotar para ter mais bem-estar emocional e afastar a depressão, como:
- Ter um passatempo estimulante;
- Fazer um curso que você gosta;
- Encontrar amigos, familiares e cônjuge;
- Dizer ‘não’ quando necessário;
- Deixar de se importar com a opinião das pessoas;
- Cessar as reclamações;
- Escrever os seus sentimentos em um diário; e
- Fazer terapia.
Como saber se tenho depressão sazonal? Como é feito o diagnóstico?
Se o seu humor mudou drasticamente e sem um motivo aparente, você pode estar com depressão sazonal.
Ao contrário da tristeza saudável, que aparece durante ou após um acontecimento negativo e vai embora, a tristeza na depressão surge sem haver uma razão.
A sua vida pode estar excelente, mas, por algum motivo, você não consegue aproveitá-la.
Ao notar a constância atípica do humor triste, procure um psicólogo.
Algumas pessoas esperam a tristeza chegar ao fim, acreditando que ela não é nada demais.
Neste curto período, ela fica mais forte e a possibilidade de evoluir para uma depressão é bem maior.
Então, se você está com dificuldade para manter o bom humor e cuidar da sua saúde mental, não hesite em procurar ajuda.
O diagnóstico da depressão sazonal é feito na psicoterapia.
O psicólogo faz a avaliação do quadro do paciente com base no que é relatado à ele.
Possíveis tratamentos para depressão sazonal
Como curar a depressão sazonal?
Além dos sintomas perderem a intensidade com o retorno do clima quente, o indivíduo com transtorno afetivo sazonal pode se tratar na terapia.
Psicoterapia
Já na primeira consulta com o psicólogo, o profissional consegue montar um plano de tratamento para curar os sintomas depressivos com base no que é expresso pelo paciente.
Como esse tipo de depressão é mais branda, o tratamento não costuma ser longo.
Entretanto, é impossível fazer uma afirmação 100% certeira sobre diagnósticos e tratamentos psicoterapêuticos, dado que cada indivíduo é único.
O tratamento da depressão consiste na união de sessões de terapia e da mudança de hábitos, visando tornar o cotidiano do paciente mais saudável e satisfatório.
Ao longo das consultas, o paciente também aprende a ter uma postura mais saudável em relação à ansiedade, estresse, tristeza e outros sentimentos negativos.
Isso porque a terapia promove o autoconhecimento, permitindo que o paciente conheça os seus sentimentos e modo de funcionamento.
Assim, ele consegue fazer as mudanças necessárias para melhorar os seus comportamentos no dia a dia.
Nos encontros com o psicólogo, o paciente pode, ainda, acabar descobrindo que possui um tipo de depressão mais grave ou outra condição de saúde mental em concomitância com a depressão sazonal.
Não raro as pessoas vão à terapia com um propósito e acabam descobrindo um diagnóstico inesperado.
Psicólogos para Depressão
Conheça os psicólogos que atendem casos de Depressão no formato de terapia online por videochamanda:
-
Fernando Cocolichio
Consultas presenciais
Consultas por vídeoO Fernando é psicólogo clínico. Membro da International Association of the Advancement of Gestalt Therapy – (IAAGT), Associação internacional de Avanço da Gestalt Terapia.
Valor R$ 250
Posso ajudar comViolência SexualFamíliaDesenvolvimento PessoalEstresseDepressãopróximo horário:
17/set. às 21:00hs -
Fernanda Lorenção
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Fernanda de França Lorenção é formada em psicologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e especialista em saúde com ênfase em saúde da mulher, também pela UNIFESP
Valor R$ 285
Posso ajudar comViolência SexualRelacionamentosTranstorno Disfórico Pré-MenstrualMedosDesenvolvimento Pessoalpróximo horário:
16/set. às 15:00hs
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Autor: psicologo Thiago Galdino de Souza - CRP 04/36869Formação: O psicólogo Thiago Galdino é graduado pela Associação Catarinense de Ensino (A.C.E), possui especialização em Saúde Mental e Coletiva pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC -Barbacena), é especialista em Transtorno do espectro autista (TEA), com a abordagem Son Rise-Nível 1.