Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Adriana Rocco Deiques - Psicólogo CRP 07/08675
![Terapia Cognitivo Comportamental: como funciona e quando é aplicada?](https://www.psitto.com.br/wp-content/uploads/2020/08/terapia-cognitiva-comportamental.jpg)
Para a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), o interior é mais valioso que o exterior. São os pensamentos que guiam o comportamento das pessoas. A dificuldade de mudar de hábitos se origina das emoções associadas às condutas específicas, as quais têm origem no pensamento.
Como a forma que pensamos influencia todas as áreas da vida, sem exceções, múltiplos problemas são solucionados com o tratamento de um único impasse.
ÍNDICE
- Terapia Cognitiva Comportamental: como funciona?
- Pensamentos automáticos
- Como são as consultas de Terapia Cognitivo-Comportamental?
- Resultados esperados da terapia comportamental
- Quem se beneficia com a Terapia Cognitivo-Comportamental?
- Desvantagens da abordagem
- Quando procurar a Terapia Cognitivo-Comportamental?
Terapia Cognitiva Comportamental: como funciona?
A Terapia Cognitivo Comportamental é uma abordagem da psicologia a qual ajuda os pacientes a compreenderem os pensamentos, crenças e atitudes que influenciam os seus sentimentos e comportamentos.
O foco da psicoterapia é no momento presente, ou seja, nos problemas pontuais. Por conta disso, é muito procurada por pacientes que desejam um tratamento focado e de curta duração.
A TCC tem como base o conceito que padrões de pensamento são a raiz de como interpretamos e lidamos com as situações, as pessoas e os desafios. Em outras palavras, os acontecimentos externos não são os responsáveis pela forma como nos sentimos em relação a eles. Somos nós quem determinamos as nossas reações, não a situação.
O mecanismo é simples: a reação a algum acontecimento se inicia no pensamento, o qual dá origem a uma emoção. A partir da qualidade desta emoção, partimos para a ação.
Pensamentos automáticos
Os pensamentos automáticos se caracterizam por crenças e ideias reproduzidas de forma mecânica. As pessoas são influenciadas a sentir determinada emoção por causa deles, embora nem sempre eles façam sentido. Muitas vezes, esses pensamentos são considerados irracionais porque não se aproximam da razão nem da realidade.
Por exemplo, se uma pessoa tende a pensar no negativo, toma decisões que geralmente lhe causam mais sofrimento. Os pensamentos despertam a ansiedade, nervosismo e medo e, consequentemente, ela expressa esses sentimentos de forma desastrosa.
Já a pessoa com mentalidade positiva, resolve problemas com mais facilidade, combate a indecisão por saber o que quer e não se deixa abalar por autocríticas. Essa divergência da forma de pensamento explica porque tantos indivíduos passam pela mesma experiência e internalizam aspectos diferentes sobre ela. Eles a enxergam conforme o seu padrão de pensamento.
Como são as consultas de Terapia Cognitivo Comportamental?
As consultas são feitas em um período de 50 minutos a uma hora. O psicólogo aplica testes comportamentais para identificar a forma de pensar do paciente. Em seguida, procura elencar as emoções que sente em relação aos pensamentos.
Esse exercício permite que o paciente ganhe consciência de seus padrões de pensamento e faça o enfrentamento dos mesmos. Como eles são enraizados em seu íntimo e, possivelmente, ligados a acontecimentos marcantes de sua história de vida, o processo de desvinculação costuma ser longo.
Através das consultas, o paciente compreende os combustíveis de seus pensamentos automatizados e entende que pode modificá-los conforme o desejado. É comum diversos questionamentos surgirem nesse processo de tomada de consciência.
Logo, o psicólogo orienta o paciente da melhor forma possível para que não haja choque de crenças ou respostas demasiadamente negativas, como a noção de que é “uma pessoa ruim”. Ele também pode passar alguns deveres de casa simples para enriquecer o processo de autoconhecimento.
A quantidade de sessões depende da necessidade do paciente. Como os problemas costumam não ser tão complexos na Terapia Cognitivo-Comportamental, o acompanhamento terapêutico tende a ser breve. O paciente possui total liberdade para perguntar ao psicólogo quantas consultas serão necessárias para ajudá-lo.
Resultados esperados da terapia comportamental
Como a TCC trabalha especialmente o pensamento, a principal mudança esperada é a consciência de que podemos levar a vida que desejamos ao modificar a forma como nós pensamos. Por exemplo, uma pessoa com autoestima baixa que pensa não ser possível cometer erros possui dificuldades para receber críticas.
Quando alguém critica o seu trabalho, aparência ou jeito de ser, logo pensa “o que ele/ela diz é verdade, eu nunca vou ser bom nisso”, “eu não consigo fazer nada direito” e “eu nunca vou conseguir agradar ninguém, serei sempre criticado”. Esse discurso interior é como um martelo da negatividade martelando a sua cabeça.
Com a Terapia Cognitivo-Comportamental, ela passa a compreender que as opiniões e críticas alheias não importam de fato. Ela, como pessoa consciente de quem é e de seus valores, consegue filtrar o que pode ser aproveitado ou descartado. Afinal, entende que não pode mudar a situação, mas, sim, a forma como reage a ela.
Assim, em vez de ceder para a vitimização e autocríticas incabíveis, preserva o seu emocional ao confiar, acima de tudo, em si mesma. Além de auxiliar a pessoa a quebrar pensamentos automáticos que lhe fazem mal e a levar uma vida de acordo com seus valores, a TCC desenvolve a sua autoconfiança e autoestima.
Quem se beneficia com a Terapia Cognitivo-Comportamental?
Muitos pacientes podem aproveitar a Terapia Cognitivo-Comportamental. Por ser um tratamento breve e assertivo, os assuntos que costumam surgir no consultório do psicólogo envolvem:
- Conflitos familiares: divórcio, brigas frequentes, problemas sexuais, dificuldade para cuidar dos filhos, dificuldade para conversar com o parceiro ou outro parente, intrigas mal resolvidas do passado, etc.
- Conflitos no ambiente de trabalho: chefe exigente, colegas de trabalho invejosos, sabotadores ou difíceis de lidar, insatisfação, mudança de carreira, estresse ocupacional, etc.
- Conflitos pessoais: indecisão, impulsividade, fobias, compulsões, confusão existencial, insegurança, desânimo, falta de motivação, medo do futuro, luto, autoestima baixa, etc.
- Conflitos amorosos: incapacidade de encontrar um parceiro, discussões constantes, sexualidade confusa, dependência extrema do parceiro, carência afetiva, estresse por não ter casado ainda, etc.
- Conflitos acadêmicos: estresse na universidade, indecisão com o vestibular, indecisão com o curso atual, indecisão e medo do futuro após a graduação, etc.
Ao longo do acompanhamento, demandas que a princípio não estavam diagnosticadas também são tratadas, tais como depressão, ansiedade, fobias, estresse, entre outras. O paciente também pode trazer mais questões, se assim desejar, e alongar o período da psicoterapia se sentir que ainda possui pendências para tratar.
Desvantagens da abordagem
A Terapia Cognitivo-Comportamental pode não ser benéfica para pacientes com objetivos diferentes do foco da abordagem.
A TCC tende a focar somente no momento presente para gerir problemas específicos sem se aprofundar neles. Pessoas que desejam desvendar comportamentos resultantes de traumas de infância e eventos traumáticos, por exemplo, podem não obter os mesmos resultados.
Algumas pessoas também podem encontrar dificuldades para realizar as tarefas e as práticas fora do consultório. A rotina puxada pode interferir na qualidade do acompanhamento, ou a própria personalidade do paciente pode não responder bem a esse tipo de abordagem.
Outro desafio pode ser a existência de condições psicológicas complexas, como o Transtorno de Bipolaridade, o qual exige uma forma de acompanhamento mais longa. Entretanto, a efetividade do tratamento depende da resposta do paciente.
Por fim, a TCC foca em indivíduos, não em problemas provenientes de cenários maiores, como a família ou a sociedade. A atenção é totalmente dedicada aos impasses pessoais do paciente. Ou seja, a visão desta abordagem tende a não ser tão ampla.
Quando procurar a Terapia Cognitivo-Comportamental?
A TCC é indicada para pessoas que não aguentam mais viver com determinados conflitos em seu dia a dia. O seu objetivo pode ser tanto reconquistar a saúde mental quanto encontrar formas eficazes de lidar com o incômodo (ou deixar de se importar com ele). As estratégias aprendidas ao longo do processo podem ser aplicadas ao longo da vida do paciente.
Quem deseja fazer terapia, mas tem receio por nunca ter se consultado com um psicólogo também pode se beneficiar com a TCC por ser um processo colaborativo. É claro que se o problema for complexo demais para ser tratado em uma quantidade limitada de sessões, o paciente deve buscar a abordagem específica para ajudá-lo.
A busca por terapia, na verdade, pode ser feita em qualquer momento da vida tanto para fins de tratamento como de prevenção e autoconhecimento.
A crença de que é preciso ter um transtorno mental para fazer terapia ainda é comum, mas não é certa. Condições severas devem sim ser tratadas com um psicólogo. No entanto, quem busca se autoconhecer para ter uma vida mais leve também é bem-vindo nos consultórios psicoterapêuticos.
Com o estresse elevado percebido no modo de vida atual e a alta competitividade para conquistar seu lugar no mundo corporativo e, por conseguinte, obter liberdade financeira e realizar sonhos, pode surgir muita confusão sobre qual caminho escolher. Manejar os relacionamentos interpessoais na era da hiperconectividade também pode apresentar desafios.
Portanto, as pessoas estão sempre convidadas a fazer terapia para encontrar formas saudáveis de lidar com os fatores externos.
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Autor: psicologa Adriana Rocco Deiques - CRP 07/08675Formação: A psicóloga Adriana Rocco possui pós-graduação em Psicologia Clínica, tratamento da dor e saúde coletiva, possuindo formação específica em Psicanálise.