Comportamento de autismo: Conheça os 5 principais sinais de TEA

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Você sabe identificar um comportamento de autismo? Os sinais e sintomas dessa condição são variados, e nem sempre são fáceis de serem percebidos. 

Segundo o órgão de saúde Centers for Disease Control and Prevention (CDC), 1 a cada 36 crianças têm o transtorno do espectro autista (TEA).

O mais chocante é que apesar desses números, essa condição de saúde ainda é vista como tabu por muitas pessoas. 

Com o objetivo de facilitar a identificação do TEA em crianças e também em adultos, criamos esse conteúdo que responde a dúvidas comuns sobre a condição. 

Ainda, explicamos os 5 principais comportamentos de autismo. 

Acompanhe até o final e boa leitura!

O que é autismo?

O autismo, também conhecido como transtorno do espectro autista, é uma condição neuropsiquiátrica caracterizada, principalmente, pelo comprometimento na comunicação e interação social

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência para diagnósticos em todo o mundo), atesta que pessoas dentro do espectro também podem apresentar padrões restritos e repetitivos de comportamento

Alguns exemplos desses comportamentos são movimentos contínuos, interesses fixos e sensibilidade a estímulos sensoriais. 

O TEA tem uma variedade de sintomas e níveis de gravidade, sendo considerado um espectro porque afeta cada pessoa de maneira única. 

Isso significa que cada pessoa pode apresentar os sintomas com formas e intensidades diversas. 

A condição é geralmente diagnosticada ainda na infância, mas pode também ser percebida em adultos. 

No caso das crianças, intervenções precoces, como um acompanhamento multidisciplinar, podem ser benéficas para o desenvolvimento da criança.

Como o autismo é diagnosticado?

Comportamento de autismo como

O diagnóstico do transtorno do espectro autista é clínico, feito por psicólogos, psiquiatras e neurologistas

Não há necessidade de exames laboratoriais, já que o diagnóstico acontece por meio de observação, além de entrevista, seja com o próprio paciente (adulto), ou com os pais (caso o paciente seja uma criança). 

Para o diagnóstico, o especialista observa se a pessoa apresenta sinais como dificuldades em se comunicar e interagir socialmente, além de comportamentos repetitivos. 

Também há a avaliação da existência de características como rigidez com ideias, necessidade de seguir rotinas específicas ou seletividade acentuada em escolhas alimentares, por exemplo. 

Observar atentamente esses padrões de comportamento, além de, no caso das crianças, analisar o desenvolvimento neuropsicomotor, é fundamental para o diagnóstico preciso do TEA.

Leia também: Autismo ou transtorno de conduta?

5 principais comportamentos de autismo

O comportamento de autismo pode ser observado em crianças e adultos no espectro, mas podem ser mais ou menos intensos a depender da idade e do grau de autismo da pessoa.

É importante relembrar que por ser um espectro, cada pessoa com autismo apresenta variações de comportamentos

Assim, algumas pessoas podem apresentar apenas alguns desses sinais, enquanto outras podem apresentar todos eles.

Se você suspeita que seu filho ou algum adulto que você conhece pode ter autismo, é importante consultar um profissional para fazer o diagnóstico correto.

Confira a seguir quais são os 5 principais comportamentos de autismo. 

Aborrecimento com mudanças  de rotina

O aborrecimento com mudanças na rotina é um comportamento comum em pessoas com autismo. 

Essa resistência pode se manifestar como desconforto, ansiedade ou irritação diante de alterações no ambiente ou na sequência habitual de atividades. 

Em crianças, isso pode ser observado em reações intensas a pequenas mudanças, como a chegada da hora do jantar. 

Em adultos, a rigidez na rotina pode impactar a capacidade de lidar com situações imprevistas, causando desconforto emocional. 

Por exemplo, a insistência em manter uma rotina específica para evitar estresse excessivo é um sinal desse comportamento.

Baixo contato visual

Em uma conversa com outra pessoa, é natural que busquemos no olhar ou expressão facial, as suas reações e respostas ao que estamos falando.

Entretanto, as pessoas com autismo, principalmente crianças, podem ter dificuldade em entender e interpretar o contato visual, e por isso tendem a evitá-lo. 

Isso porque o contato visual pode ser desconfortável para as pessoas no espectro. Elas podem sentir que estão sendo invadidas ou avaliadas. 

Em adultos, por exemplo, é muito comum que haja certa dificuldade em entender expressões alheias, como caretas e gestos. 

É bom lembrar que existem diferentes maneiras como o baixo contato visual pode se manifestar em pessoas com autismo. 

Enquanto algumas pessoas podem evitar o contato visual completamente, outras podem fazer contato visual por períodos muito curtos. 

Comportamentos repetitivos

Os comportamentos repetitivos podem ser uma forma de auto estimulação ou de comunicação. 

Eles podem ajudar as pessoas com autismo a lidar com a ansiedade ou o estresse, a se concentrar ou a se sentirem confortáveis.

Assim, movimentos corporais, padrões de fala, fixação em determinados objetos ou aderência a rotinas específicas são comuns. 

Alguns exemplos específicos são:

  • balançar o corpo;
  • alinhar objetos de maneira precisa;
  • repetir palavras ou frases. 

Comportamentos sensoriais atípicos

Comportamento de autismo atípicos

Reações incomuns a estímulos sensoriais, como luz, som, toque, cheiro ou sabor são percebidos em pessoas no espectro, seja através da hipersensibilidade (sensibilidade aumentada) ou hipossensibilidade (sensibilidade reduzida). 

Alguns exemplos são: aversão a certos tecidos ou texturas, desconforto com luz intensa, irritação com barulhos altos. 

O contrário também acontece, com a busca ativa por estímulos sensoriais, como balançar objetos ou fixar o olhar em luzes, cores ou imagens específicas. 

Mais interesse em objetos do que pessoas

A superestimulação sensorial em interações sociais pode ser aversiva para algumas pessoas no espectro. 

Assim, elas costumam perceber que os objetos são mais previsíveis e menos desafiadores emocionalmente.

Por isso, muitas crianças com autismo demonstram menos interesse em estar com outras crianças e preferem brincar sozinhas. 

Muitas vezes, elas podem até ficar irritadas ou agressivas ao terem que participar de atividades em grupo. 

Já os adultos, muito frequentemente, sentem que trabalham melhor sozinhos do que em equipe. 

Leia também: Autismo adulto: sinais e sintomas, níveis, diagnóstico e tratamento

Quais os tratamentos para o autismo?

Embora não exista uma cura para o autismo, existem tratamentos que podem ajudar as pessoas no espectro a lidar com as dificuldades causadas pela condição.

Para adultos, o acompanhamento com psicólogo ajuda o paciente a desenvolver suas habilidades sociais, gerenciar o estresse e responder a mudanças repentinas, entre outras questões específicas.

Para as crianças, como já vimos, quanto mais cedo o diagnóstico, melhor são as chances de mitigar os efeitos da condição no desenvolvimento psicossocial, emocional e acadêmico. 

Nesses casos, o tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, com o apoio de pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e até mesmo fisioterapeutas. 

Tudo depende do diagnóstico pessoal, com base nas necessidades individuais da criança. 

Conclusão

No artigo de hoje, nossa missão era apresentar quais são os comportamentos de autismo mais comuns em pessoas no espectro. 

O TEA é uma condição neuropsiquiátrica caracterizada pelo comprometimento na comunicação e interação social, e presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento. 

A condição, diagnosticada por psicólogos, psiquiatras e neurologistas, é percebida tanto em bebês e crianças quanto em adultos.

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