Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online.
A terapia para crianças possui vários objetivos. A infância é uma fase importante do desenvolvimento humano.
Durante esse período de inocência e de descobrimento, as crianças exercem a sua imaginação e constroem laços de amizade, bem como vivem as primeiras decepções.
É também na infância que a maioria dos problemas emocionais nascem. Você provavelmente se lembra de diversos momentos negativos deste período, certo?
Um sermão dos pais, as provocações de um coleguinha de turma, um evento embaraçoso na escola… Essas experiências ficam marcadas na memória e podem acompanhar as pessoas pelo resto de suas vidas.
A infância também é o momento da formação da personalidade. As experiências dessa época definem traços, hábitos e crenças que serão cultivados por quase toda a vida. Por isso, é importante que as crianças tenham vivências de qualidade.
A infância recebe muita atenção dos psicólogos. Para reduzir o sofrimento dos pequenos e diminuir as probabilidades de condições psicológicas graves se formarem no futuro, os pais podem levar os filhos à terapia.
Como é a terapia para crianças?
A abordagem psicológica usada com os pequenos é distinta já que as crianças apresentam particularidades únicas. Diferente dos adultos, elas se expressam melhor através de atividades lúdicas e brincadeiras do que com as palavras.
Tanto em casa quanto na terapia o jeito de brincar das crianças não difere. Uma criança ansiosa, por exemplo, expõe vislumbres de comportamentos ansiosos quando brinca com seus brinquedos, independente do ambiente onde se encontra.
O psicólogo consegue entrar no mundo interior da criança ao usar jogos, desenhos, brinquedos e brincadeiras durante as sessões. Assim, identifica conflitos emocionais, medos, angústias, inseguranças e condutas doentias.
Essa abordagem é chamada de ludoterapia.
Melanie Klein foi uma das pioneiras no campo da terapia infantil. De acordo com a psicanalista, as brincadeiras das crianças contêm códigos que dão acesso ao seu inconsciente. É dever do profissional de saúde mental decifrá-los para interpretar a linguagem não-verbal utilizada pelas crianças.
Anna Freud também trouxe contribuições notáveis para a psicoterapia infantil. Ela estudou as experiências de crianças abandonadas e negligenciadas para compreender as características do laço dos pequenos com os pais. Para ela, essas experiências podiam resultar em problemas psicológicos no futuro.
Benefícios da terapia para crianças
A terapia para crianças não é benéfica somente para o tratamento de distúrbios. Ela também auxilia a criança a substituir comportamentos negativos por positivos, melhorando, assim, o seu aproveitamento da vida.
Nos primeiros anos de vida, as crianças podem ser demasiadamente inseguras e não conseguir socializar com coleguinhas de turma, professores e parentes. Essa postura retraída afeta a sua autoestima e as impedem de aprender a viver em sociedade. No futuro, essas crianças tendem a encontrar mais obstáculos para estabelecer vínculos.
A terapia ajuda a criança a se libertar da insegurança, do medo e da incerteza. Deste modo, ela constrói uma autoimagem positiva e bons relacionamentos interpessoais desde muito jovem. No futuro, ela saberá exatamente como agir em momentos sociais.
Outro benefício da terapia para crianças é o desenvolvimento do controle emocional.
Administrar emoções é muito mais difícil para os pequenos do que para os adultos. Eles não têm inteligência emocional para impedir que elas os dominem. Na terapia, elas podem desenvolver essa habilidade socioemocional precocemente.
É comum que os pais não notem resultados significativos em relação a isso. Afinal, a criança precisa passar por um longo processo de desenvolvimento cognitivo para ter o domínio de suas emoções. Este, por sua vez, acontece com o tempo.
Mesmo assim, elas levarão o aprendizado adquirido na terapia em seu inconsciente para o resto da vida.
Como é uma consulta de terapia para crianças?
O primeiro contato é feito, é claro, pelos pais ou tutores da criança. Na primeira consulta, o psicólogo conversa com eles para saber os objetivos idealizados e as preocupações com a saúde mental da criança.
Informações sobre o histórico de saúde, o planejamento da gravidez, o período de gestação e a relação com outros parentes também são requisitadas. Através delas, o psicólogo consegue compreender a dinâmica familiar e, assim, identificar padrões que corroboram para as condutas inapropriadas da criança.
A relação da criança com a escola e os estudos também é muito interessante. Se os pais notarem uma queda significativa do rendimento escolar, devem contar ao psicólogo. Transtornos de aprendizagem são muito comuns e impactam significativamente o cotidiano da criança.
Depois desta entrevista, as sessões de terapia para crianças são iniciadas. Ainda que a criança não seja comunicativa, o psicólogo consegue identificar os dilemas e as dores emocionais dela com base na conversa com os pais e na ludoterapia.
Após fazer a avaliação inicial da conduta da criança, o psicólogo chama os pais ou os cuidadores novamente para fazer a devolutiva. Nesta nova consulta, são repassadas as possibilidades de tratamento para os conflitos ou a condição psicológica da criança.
Não existe um tempo específico de tratamento. A duração das consultas dependerá da gravidade do quadro da criança. Se ela exibir sintomas severos de ansiedade, por exemplo, é provável que o tratamento seja longo.
Outro fator importante é a presença dos pais. Ela é indispensável durante todo o acompanhamento psicológico. O psicólogo pode requisitar consultas individuais com eles para conversar sobre a evolução do tratamento. No caso de pais separados, as sessões podem ser feitas individualmente se este for o desejo da família.
Quando as crianças precisam de terapia?
A ludoterapia é normalmente destinada às crianças entre 3 e 12 anos. As famílias podem levá-las à terapia assim que perceberam a recorrência de atitudes incomuns.
Como as crianças raramente conseguem comunicar o que sentem com clareza aos adultos, os familiares precisam prestar minuciosa atenção ao seu comportamento. Se houver uma mudança brusca de atitude, a criança pode estar sofrendo com questões emocionais que não consegue resolver sozinha.
Alguns pais sentem vergonha de levar os filhos ao psicólogo. Eles têm medo do julgamento de vizinhos, amigos, familiares e outros pais. Não raro acreditam estar fazendo algo errado com a criação dos filhos e procuram evitar interpretações de profissionais.
Entretanto, essa postura agrava o sofrimento das crianças! Quando atingirem a adolescência ou a vida adulta, podem desenvolver condições psicológicas graves em razão da falta de tratamento psicológico na infância. O bem-estar dos filhos deve se sobressair ao receio e a vergonha dos mais velhos.
Entre as razões para levar uma criança à terapia estão:
- Mudanças bruscas de comportamento;
- Queda do rendimento escolar;
- Brigas na escola;
- Reclamações constantes dos professores;
- Hiperatividade;
- Isolamento social;
- Comportamento desafiador;
- Dificuldade de manter a concentração;
- Ansiedade no momento da separação dos pais;
- Dificuldade de interagir com as crianças da mesma idade;
- Agressividade (brigar, destruir brinquedos, morder, gritar, xingar);
- Excesso de timidez;
- Crises de choro constantes;
- Manha excessiva; e
- Dificuldades para dormir.
Os elementos acima podem ter relação com condições psicológicas ou fatores ambientais, como mudança de escola, mudança de cidade, mudança no estilo de vida, separação dos pais, luto, entre outros.
Em alguns casos, uma mudança singela pode ser o suficiente para a criança recobrar a alegria na vida diária. Já em outros, um tratamento psicológico de longa duração é a alternativa mais adequada. Para identificar o melhor caminho, o psicólogo deve ser consultado.
Problemas psicológicos em crianças
Assim como os adultos, os pequenos também podem sofrer com condições que afetam o emocional e o psicólogo. Embora a terapia para crianças não tenha como único objetivo tratar problemas psicológicos, eles merecem destaque em razão de sua gravidade.
Os pais podem ter dificuldade de perceber sintomas por conta do comportamento imprevisível dos filhos. Crianças vivem no mundo da imaginação e não controlam muito bem as suas emoções, por isso têm manias excêntricas, são manhosas e possuem modos exagerados para chamar atenção.
Além disso, são enérgicas e espoletas. Os adultos já esperam que sejam um pouco hiperatividades e se metam em confusão de vez em quando.
Devido à diversidade de comportamentos, os pais podem achar que os filhos estão passando por uma fase, mas, na verdade, estão sofrendo com os sintomas de uma condição psicológica. Abaixo, veja alguns dos problemas que as crianças podem ter:
- Ansiedade;
- Depressão;
- Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
- Transtorno de conduta;
- Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD);
- Transtorno do Espectro Autista (TEA);
- Distúrbio alimentar; e
- Transtorno do humor.
Os sintomas dos problemas psicológicos acima podem se manifestar de formas variadas em crianças. Normalmente, elas ficam mais quietas, chorosas e nervosas, além de se recusarem a conversar com os pais. Esses são outros indicativos que a criança precisa de ajuda profissional.
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Autor: Psitto