Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Elizabeth de Ávila Bento - Psicólogo CRP 06/177360
Você já ouviu falar sobre a Síndrome de Peter Pan? Ela está relacionada com o medo de crescer e, apesar de pouco falada, é relativamente comum entre as pessoas.
Isso porque a vida adulta traz com ela muitos desafios, o que, muitas vezes, acarreta a insegurança e o medo de dar novos passos rumo ao amadurecimento.
Neste artigo, vamos falar tudo sobre a Síndrome de Peter Pan e formas de tratamento para garantir que o indivíduo consiga se desenvolver e evoluir. Boa leitura!
O que é Síndrome de Peter Pan?
A Síndrome de Peter Pan é uma condição na qual o indivíduo não consegue amadurecer porque possui medo de ser rejeitado e julgado pela sociedade. Por isso, ele costuma apresentar comportamentos infantis.
Isso significa que há um bloqueio que o impede de evoluir mentalmente, de assumir responsabilidades e de ter atitudes adultas. Como consequência, suas relações – pessoais, profissionais e amorosas – não costumam ser bem-sucedidas.
Convém mencionar que, na maioria dos casos, a pessoa com essa síndrome tem consciência da sua imaturidade, mas, ainda assim, prefere se manter nessa condição por causa de seus medos.
A título de curiosidade, a síndrome recebe o nome de “Peter Pan” justamente por causa do personagem, que é conhecido por ser uma criança que não cresce.
Síndrome de Peter Pan e Síndrome de Wendy
Apesar de serem completamente diferentes, a Síndrome de Peter Pan e a Síndrome de Wendy podem ser facilmente associadas.
Não por acaso, os personagens Peter Pan e Wendy – que nomeiam as condições – fazem parte da mesma história.
Nesse sentido, enquanto a Síndrome de Peter Pan refere-se à condição na qual o indivíduo não consegue amadurecer, a Síndrome de Wendy é caracterizada por uma preocupação e zelo excessivos, geralmente por parte das mulheres.
Diante disso, a mulher portadora dessa síndrome tenta impedir que a outra pessoa se torne independente. Além disso, ela desenvolve um sentimento de culpa quando alguém está desconfortável com alguma situação.
Nos relacionamentos amorosos, ela é vista como uma figura materna por causa desse instinto protetor, que muitas vezes está associado ao medo da rejeição.
O indivíduo que se relaciona com uma mulher com a Síndrome de Wendy – seja como familiar, amigo ou companheiro – pode desenvolver a Síndrome de Peter Pan, justamente porque, com o excesso de zelo, ele não consegue amadurecer.
Convém destacar que nenhuma das duas síndromes estão presentes no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, porém são usadas por profissionais da saúde, como psiquiatras e psicólogos, quando fazem o diagnóstico.
Síndrome de Peter Pan: Quais são as causas?
Existem diversas causas que explicam o desenvolvimento da Síndrome de Peter Pan, o que significa que cada indivíduo pode desenvolvê-la por um aspecto específico.
Dentre os principais se destacam:
Questões na infância
Uma das principais causas da Síndrome de Peter Pan está em questões relacionadas à infância.
Crianças que se sentiram muito felizes e realizadas nessa fase podem se tornar adultos com dificuldades para sair da casa dos pais e se arriscar nessa nova fase.
Há uma necessidade de se manter no conforto proporcionado pela família.
Por outro lado, crianças que tiveram uma infância complicada ou que sofreram traumas oriundos do bullying, abuso ou violência, por exemplo, também podem desenvolver a síndrome.
Insegurança
Pessoas muito inseguras podem desenvolver barreiras emocionais que, consequentemente, funcionam como gatilhos para o surgimento desta síndrome.
Isso porque o organismo, de forma inconsciente, atua como um mecanismo de defesa e de proteção para que o indivíduo não sofra em determinadas situações, como no caso das adversidades da vida adulta.
Mãe superprotetora
Indivíduos que possuem uma mãe superprotetora também podem desenvolver a síndrome.
Isso porque, o fato de a figura materna tentar manter o filho “blindado” de tudo faz com que esse, quando adulto, se sinta totalmente dependente dos pais – emocionalmente e/ou financeiramente.
Principais sintomas da Síndrome de Peter Pan
Conhecer os sintomas da Síndrome de Peter Pan, assim como as suas causas, é fundamental para procurar ajuda especializada o quanto antes e, assim, iniciar um tratamento eficaz para a condição.
Por isso, listamos alguns dos principais sintomas abaixo:
Autoestima baixa e insatisfação
A pessoa que sofre com essa síndrome tem a autoestima baixa, justamente por causa da insegurança. Como costuma ser dependente de outras pessoas, ela não possui confiança em si mesmo e em suas capacidades.
Além disso, está sempre insatisfeita e frustrada, pois tem consciência de que não está evoluindo e crescendo na vida como deveria.
Dificuldade em se relacionar
Como já mencionamos, os relacionamentos da pessoa com essa síndrome não costumam ter êxito em razão da sua dificuldade em se relacionar.
Isso acontece em razão do seu comportamento infantil, algo que prejudica as mais diversas relações, como amorosas, familiares, pessoais e profissionais.
Procrastinar
Outro sinal da Síndrome de Peter Pan é a procrastinação. O comportamento infantil faz com que a pessoa leve tudo na brincadeira, postergando os mais diversos assuntos e tarefas, inclusive aqueles mais sérios.
Entretanto, quando percebe que o prazo de terminada atividade está chegando ao fim, a ansiedade surge, o que pode acarretar outros problemas.
Falta de senso de responsabilidade
Se uma das principais características dessa condição é justamente a falta de amadurecimento, então é esperado que o indivíduo não tenha o senso de responsabilidade que vem com a vida adulta.
Assim, ele costuma atribuir responsabilidades que são suas a outras pessoas.
Como tratar a Síndrome de Peter Pan?
Assim que reconhecer que possui a Síndrome de Peter Pan, o paciente deve buscar ajuda na psicoterapia. Sim, esse é o tratamento propício para quem sofre com o problema.
Isso porque, com a ajuda do psicólogo, será possível detectar possíveis traumas que tenham desencadeado a condição e, assim, tratar desde a raiz do problema, inclusive com a aceitação.
Além disso, na terapia, será possível encontrar mecanismos para superar a insegurança e a imaturidade e, consequentemente, assumir as responsabilidades que lhes são devidas.
Portanto, a psicoterapia possibilitará o autoconhecimento e a desconstrução dessa e de outras condições psicológicas que possam existir.
Conclusão
Apesar de pouco falada, a Síndrome de Peter Pan merece ser conhecida e reconhecida para que seja possível encontrar o caminho do amadurecimento e, assim, melhorar o bem-estar e a qualidade de vida, principalmente a partir do estabelecimento de relações sólidas.
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Autor: psicologa Elizabeth de Ávila Bento - CRP 06/177360Formação: Psicóloga graduada pela Universidade de Sorocaba. Estagiou em Clínica Psicanalítica. Utiliza a abordagem psicanalítica no atendimento a adolescentes, adultos e idosos. Fez o curso de Cura da Alma Atma Healing.