Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Sábatha Resende Chaves - Psicólogo CRP 04/32365

Você já ouviu falar sobre a psicologia experimental?
Esse é um ramo da psicologia que realiza experimentos controlados para estudar o cérebro e o comportamento dos indivíduos.
Portanto, o psicólogo desenvolve pesquisas empíricas a fim de comprovar (ou não) algumas teorias e, assim, contribuir para o desenvolvimento humano.
Como sabemos que esse é um importante segmento da psicologia, mas pouco conhecido, preparamos este conteúdo para que você possa entender mais sobre ele e entender como a psicologia experimental funciona na prática. Boa leitura!
O que é psicologia experimental? (Significado e conceito)
A psicologia experimental é uma área científica que estuda o cérebro e o comportamento humano por meio da experimentação.
Ou seja, ela desenvolve experimentos controlados para avaliar a psique humana e, assim, comprovar algumas teorias.
Nessa metodologia, são desenvolvidas pesquisas que podem avaliar as emoções, memória, aprendizagem e a percepção humana, por exemplo.
A partir disso, o psicólogo consegue estudar o comportamento humano e entender pontos que o influencia.
História e origens: Como surgiu a psicologia experimental? (Weber-Fechner e Wundt)
Com relação à sua origem, considera-se que a psicologia experimental tenha surgido no início do século XIX, com o médico alemão Ernest Heinrich Weber e o filósofo alemão Gustav Fechner, mais especificamente por meio da lei de Weber-Fechner.
Essa lei tinha como intuito descrever a relação entre a percepção psicológica de um estímulo e a sensação física provocada por esse.
Convém destacar ainda que Gustav Fechner entendia que o mundo externo se conecta à mente por meio da interação com o mundo interno, evento em que o cérebro e o sistema nervoso desenvolvem um papel central.
Em um segundo momento, mas ainda no século XIX, o filósofo, médico e psicólogo alemão Wilhelm Maximilian Wundt contribuiu para o aprimoramento da psicologia experimental.
Pouco tempo depois, em 1875, Wundt criou o primeiro laboratório voltado para a psicologia experimental, na Universidade de Leipzig.
Quais são os princípios da psicologia experimental? (Fundamentos e características)
Basicamente, são quatro as bases epistemológicas da psicologia cognitiva experimental.
Elas orientam os estudos do psicólogo e permitem a condução de experimentos mais assertivos.
Abaixo, listamos esses princípios:
Probabilidade
Esse princípio da psicologia experimental envolve o que é falso e verdadeiro em uma teoria.
Para que haja essa comprovação, é necessário um período de observação.
Por isso, no princípio da probabilidade, as teorias e hipóteses devem ser comprovadas com o passar do tempo.
Do contrário, isto é, se for tentada uma confirmação imediata, o psicólogo não conseguirá chegar a uma conclusão.
Determinismo
Um outro princípio é o determinismo, que leva em consideração como a relação de causa e efeito interfere nos fenômenos comportamentais ou mentais.
Ou seja, ele supõe que qualquer estado de um indivíduo ou evento é determinado por situações anteriores.
Dito isso, a psicologia experimental entende que, quando um fenômeno é geral e recebe validação, então esse é compreendido como uma lei dentro das teorias psicológicas.
Parcimônia
Já a parcimônia orienta os psicólogos experimentais da seguinte forma: sempre que houver duas teorias distintas, o ideal é priorizar a mais simples para seguir nas pesquisas.
Portanto, o princípio da parcimônia tem como foco a simplicidade.
Empirismo
Por fim, temos o princípio do empirismo, que impõe que só é possível estudar e avaliar aquilo que é observável.
Afinal, são as experiências associadas aos sentidos que promovem o conhecimento.
No entanto, convém destacar que o empirismo institui que as teorias e hipóteses da psicologia experimental devem se diferenciar das observações do mundo natural.
Métodos, confiabilidade e validade da psicologia experimental
A psicologia experimental implica em princípios – como vimos, em métodos, em confiabilidade e em validação.
Os métodos, obviamente, são os conjuntos de regras e práticas utilizados para a realização das pesquisas empíricas.
Já a confiabilidade está associada à consistência do estudo.
Nesse sentido, é necessário que, ainda que se utilizem outros métodos ou que a pesquisa seja realizada com um outro grupo de pessoas, os resultados alcançados sejam os mesmos.
Só assim o estudo pode ser considerado confiável.
Inclusive, convém destacar que a confiabilidade é um importante indicador para a medição da validade e da consistência de uma pesquisa.
Por fim, a validade refere-se à medição da precisão dos resultados de um estudo, podendo ser dividida em quatro tipos dentro da psicologia experimental:
Validade interna
A validade interna indica que há uma forte causalidade entre dois fatores.
Nesse sentido, quanto maior for uma taxa de validade interna de uma pesquisa, maior é a taxa de manipulação da variável independente, que é, por sua vez, responsável por alterações da variável dependente.
Validade externa
Aqui, a ideia é de que, para que um estudo tenha validade externa, ele pode ser realizado em populações diversas e, ainda assim, produzir os mesmos resultados.
Dessa forma, é possível perceber como a validade caminha junto com a confiabilidade.
Validade de construto
Na validade de construto, as variáveis dependentes e independentes devem representar de forma precisa as ideias abstratas estudadas pelos psicólogos experimentais.
Validade conceitual
Por último, a validade conceitual acontece quando a hipótese estudada oferece suporte a uma teoria mais ampla que também está sendo analisada em determinada pesquisa.
Aplicações: Como funciona? Na prática, o que os psicólogos experimentais fazem?
Com tantos termos técnicos, pode ser que você esteja imaginando que a psicologia experimental é algo muito distante da sua realidade, não é mesmo?
Se você pensa assim, está enganado!
Isso porque a psicologia experimental pode ser aplicada em todas as áreas da psicologia que desejam utilizar o empirismo, isto é, os métodos experimentais para realizar estudos e compreender o comportamento humano.
A seguir, listamos alguns exemplos para você entender como o psicólogo pode se utilizar dessa metodologia:
- É possível utilizar as técnicas experimentais para compreender as mudanças de comportamento em grupos de indivíduos, desde a infância até a fase adulta.
- É possível que, em terapias de grupo, os psicólogos definam metodologias experimentais para compreender como certos grupos influenciam as pessoas.
- É possível utilizar a psicologia experimental para compreender a psicossomatização, ou seja, como a saúde física está interligada com a mental. E, dessa forma, prevenir o surgimento de condições mentais.
Portanto, não há uma regra para que a psicologia experimental seja aplicada. Ela pode aparecer tanto em estudos acadêmicos quanto na prática diária do psicólogo.
Considerações finais
Como vimos, a psicologia experimental é uma área que envolve experimentos controlados com indivíduos a fim de compreender a mente e o comportamento humano.
Pautada em métodos específicos, essa psicologia tem como foco fazer análises reais e empíricas para identificar padrões e, assim, apontar caminhos para o cuidado com a saúde mental.
Portanto, é uma prática benéfica e que contribui enormemente para o desenvolvimento saudável da sociedade.
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Autor: psicologa Sábatha Resende Chaves - CRP 04/32365Formação: A psicóloga Sábatha Resende Chaves é graduada na UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rei - MG). Possui pós-graduação em Gestão de Projetos Sociais e está cursando pós-graduação em Terapia Cognitivo Comportamental.