Terapia infantil: veja o que é, benefícios e idade

A terapia infantil funciona como um processo necessário para o melhor desenvolvimento psicológico e da personalidade da criança, sendo extremamente útil e benéfica. 

Vale dizer que, além de ajudar o público infantil, esta terapia também direciona os pais a tomarem as decisões mais adequadas para as diversas circunstâncias pelas quais uma criança pode passar. 

Por isso, continue a leitura para entender mais a respeito!

Como funciona na prática a terapia infantil?

Na prática, a terapia infantil funciona utilizando recursos lúdicos, tais como jogos e desenhos, proporcionando um cenário em que a comunicação é facilitada e a criança consiga se expressar para compartilhar sentimentos ou experiências. 

Desta forma, os principais objetivos consistem em ajudá-las a lidar com suas emoções, traumas e outras dificuldades sociais, de modo que as atividades lúdicas ensinam habilidades essenciais para lidar com condições de TDAH e ansiedade, por exemplo. 

Assim, ao praticar a terapia infantil, pode-se gerar relacionamentos mais saudáveis e que envolvam os pais e cuidadores, sobretudo porque o acesso a esta rede de apoio é relevante para o desenvolvimento emocional e social infantil.

A partir de que idade a criança pode fazer terapia?

A criança pode fazer terapia a partir de seus 2 anos de idade, mas isso varia, a depender das necessidades individuais de cada uma. 

Em todo caso, se forem observados sinais de dificuldades emocionais ou de comportamento, é ideal buscar ajuda profissional.

No geral, os psicoterapêuticos indicam que a terapia ocupacional infantil seja realizada em circunstâncias como:

• Traumas vivenciados na infância;
• Dificuldades de aprendizagem;
• Problemas para relacionar socialmente com outras crianças;
• Hiperatividade;
• Divórcio ou segundo casamento dos pais;
• Ansiedade infantil excessiva;
• Entre outros. 

Vale lembrar que, além destas situações, os pais ou cuidadores devem atentar-se e buscarem um psicólogo sempre que identificarem comportamentos atípicos nas crianças para investigar as causas destes o quanto antes.

Quais os benefícios da terapia infantil?

São inúmeros os benefícios da terapia infantil, a começar pelo fato de possibilitar que a criança entenda e lide da melhor maneira com as suas emoções, medos ou insegurança.

Isso porque, a partir das atividades lúdicas e conversas conduzidas, as crianças expressam seus sentimentos e aprendem a organizá-los. Por consequência, ocorre também o tratamento para a superação de traumas, promovendo melhora da saúde mental. 

Além disso, a terapia infantil é igualmente vantajosa aos pais, porque eles também tornam-se mais compreensíveis, fator essencial para ajudar as crianças nos momentos delicados da vida.

Um outro benefício da terapia infantil é o de aprender habilidades sociais necessárias para aqueles que possuem questões como o TDAH e ansiedade, aspecto que pode refletir positivamente da infância à vida adulta.

Importância da terapia infantil

A importância da terapia infantil também está no fator relacionado ao pleno desenvolvimento emocional e comportamental das crianças. Afinal, com a prática da psicoterapia, elas são capazes de:

• Se concentrar mais;
• Amadurecer psicologicamente;
• Conhecer e desenvolver habilidades emocionais;
• Tornar-se criativas;
• Interagir com outras crianças, etc.

Assim, quanto mais precoce for realizado o processo terapêutico nas crianças, mais cedo serão desenvolvidas suas questões emocionais e comportamentais, prevenindo diversos problemas e promovendo bem-estar.

O papel dos pais na terapia infantil

A participação ativa dos pais na terapia infantil é um ponto importantíssimo para que o processo terapêutico seja eficaz. A família é o principal suporte emocional das crianças, por isso, precisa existir esse acompanhamento contínuo pelos pais ou familiares.

E ele ocorre durante as sessões de psicoterapia, junto ao psicólogo, de modo que, já no início do tratamento, o profissional busca informações com os pais ou cuidadores a respeito do histórico de vida da criança. 

Assim, ao longo das sessões, os pais são orientados a guiá-la conforme as instruções do profissional, sendo importante lembrar que também é papel dos cuidadores compreender as necessidades emocionais das crianças para ajudá-las a vivenciar este processo.

Quais os tipos de terapia infantil?

Existem diferentes tipos de terapia infantil para aqueles que buscam ajuda psicológica como esta. No geral, as intervenções ocorrem mediante atividades lúdicas, uma vez que, desta forma, a criança conseguirá se abrir e demonstrar seus sentimentos. 

Assim, entre os principais tipos de psicoterapia infantil, estão a musicoterapia, ludoterapia e brincadeiras que exercitam a imaginação, sendo intervenções adequadas para que o público infantil expresse da melhor maneira as suas emoções. 

Para compreender melhor, conheças as principais características das terapias infantis:

Musicoterapia

Esta técnica terapêutica funciona por meio de ações ou expressões sonoras em que a criança expressa suas emoções de modo lúdico, seja cantando, tocando instrumentos ou até compondo músicas durante as sessões (adaptadas individualmente para cada caso).

Muito além de colaborar para o desenvolvimento de habilidades sociais, a musicoterapia ajuda na diminuição da ansiedade ou estresse. Ela é indicada para crianças que possuem dificuldades de se comunicar e de lidar com situações traumáticas.

Ludoterapia

Considerando que a principal linguagem das crianças é mediante brincadeiras, a ludoterapia baseia-se no uso de recursos lúdicos, tais como jogos, atividades criativas e/ou brinquedos específicos que permitam a demonstração de seus sentimentos. 

Logo, enquanto a criança está brincando, o profissional pode observar sinais ou emoções internas, colaborando para identificar as melhores estratégias que beneficiarão o desenvolvimento infantil e, ainda, poderão melhorar o bem-estar físico e mental do pequeno.

Brincadeiras que exercitam a imaginação

As brincadeiras de faz-de-conta exercitam a imaginação da criança, que, por sua vez, cria situações imaginárias externando aspectos relacionados à sua realidade, o que ajuda o psicoterapeuta a entender o seu estado de desenvolvimento emocional.

Neste tipo de brincadeira, há uma função lúdica e educativa, o que torna possível desenvolver habilidades de comunicação, interação social e afetividade, beneficiando o desenvolvimento emocional, físico e intelectual da criança.

Terapia cognitivo-comportamental adaptada para crianças

Esta modalidade terapêutica adaptada para crianças tem o objetivo de ajudá-las a adequarem seus padrões de comportamento para melhor reagirem às suas dificuldades emocionais e comportamentais.

Por meio de atividades lúdicas, desenhos ou registro de sentimentos em diários realizados pela própria criança, pode-se conseguir diminuir quadros de ansiedade e depressão, melhorar suas habilidades sociais, além de aumentar a autoconfiança.

Terapia de grupo para crianças

Como o nome já diz, a terapia em grupo é uma abordagem terapêutica em que as sessões são realizadas em grupo composto, no caso, por várias crianças. Isso permite que elas compartilhem suas experiências e que aprendam umas com as outras.

As sessões acontecem com o uso de atividades lúdicas, como jogos e dinâmicas, e, ainda, com discussões em grupo. Esta prática é muito benéfica para que as crianças sejam um tipo de apoio social e que possam se desenvolver socialmente pela interação em grupo.

Quando as crianças precisam de terapia? [Sinais de alerta]

É muito importante saber identificar os comportamentos normais no desenvolvimento de uma criança em suas diferentes faixas etárias e, por conseguinte, os sinais preocupantes que apontam para a necessidade de uma intervenção profissional. 

Por exemplo, durante os seus 2 a 5 anos, é comum que a criança seja muito curiosa e tenha a imaginação fértil. Por outro lado, fique atento caso ela não interaja com outras crianças, tenha comportamento agressivo frequentemente ou regresse em suas habilidades.

Dos 6 aos 10 anos, ela normalmente se interessa por atividades em grupo, expressa raiva ou frustração ocasional e consegue resolver problemas. Fique alerta se houver dificuldades em fazer amigos, mudanças drásticas no comportamento ou preocupações excessivas para a idade.

Na pré-adolescência (11 a 12 anos), a criança é mais independente, experimenta emoções mais intensas e busca sempre por atividades sociais. Assim, é de se preocupar se ela se isola socialmente, tem queda no desempenho escolar ou possui extremas mudanças de humor.

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