Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Leonardo Damasceno Salvador - Psicólogo CRP 06/129877

A depressão maior é um transtorno mental caracterizado por tristeza intensa, perda de interesse em atividades e prejuízo no funcionamento diário. Afeta o humor, o corpo e os pensamentos, interferindo na forma como a pessoa se sente, pensa e lida com a vida.
Esse tipo de depressão costuma ser duradouro e incapacitante, exigindo acompanhamento profissional. De acordo com a OMS, os casos têm aumentado globalmente e a previsão é que a depressão se torne a principal causa de adoecimento até 2030.
Neste artigo, vamos falar sobre os principais sintomas, formas de diagnóstico, tratamento e como identificar os sinais de alerta.
Quais são os sintomas da depressão maior?
Os sintomas do transtorno depressivo maior afetam o corpo, a mente e o comportamento, sendo que eles costumam ser persistentes e interferirem significativamente na vida pessoal, profissional e social.
Então, abaixo separamos e explicamos alguns desses sintomas:
- Tristeza profunda e constante: sentimento de vazio, angústia ou desesperança, que dura a maior parte do dia.
- Perda de interesse e prazer: atividades que antes eram prazerosas passam a não ter mais graça ou importância.
- Fadiga e cansaço excessivo: mesmo após dormir bem, a pessoa sente exaustão e falta de energia para tarefas simples.
- Alterações no sono: insônia frequente ou, ao contrário, sono em excesso (hipersonia), sem sensação de descanso.
- Mudanças no apetite e peso: aumento ou diminuição significativa do apetite, com ganho ou perda de peso.
- Dificuldade de concentração: problemas para manter o foco, tomar decisões ou lembrar de informações simples.
- Irritabilidade e isolamento: tendência a se afastar de amigos e familiares, além de maior sensibilidade emocional.
- Sentimentos de culpa ou inutilidade: pensamentos negativos sobre si mesmo, com baixa autoestima e autocrítica excessiva.
- Ideias suicidas: em casos mais graves, surgem pensamentos sobre a morte ou desejo de não existir.
Além disso, é importante ressaltar que os sintomas devem estar presentes por pelo menos duas semanas e causar prejuízos nas atividades diárias.
Fatores de risco do Transtorno Depressivo Maior
Algumas pessoas têm maior predisposição para desenvolver a depressão maior, seja por fatores genéticos, emocionais ou ambientais, mas os principais fatores de risco são:
- Histórico familiar: ter parentes próximos com depressão aumenta as chances de desenvolver o transtorno ao longo da vida.
- Traumas emocionais: vivências como abusos, perdas importantes ou negligência na infância impactam a saúde mental de forma duradoura.
- Estresse crônico: pressões intensas no trabalho, estudos ou relacionamentos podem esgotar os recursos emocionais do indivíduo.
- Isolamento social: a falta de apoio e convivência pode aprofundar sentimentos de solidão, aumentando o risco de depressão.
- Condições médicas associadas: doenças como hipotireoidismo, dores crônicas e desequilíbrios hormonais podem estar relacionadas ao transtorno.
- Uso de substâncias: o consumo abusivo de álcool ou drogas é um fator que favorece o surgimento ou agravamento dos sintomas.
Conhecer esses fatores ajuda na prevenção e no cuidado, mas se você ou alguém próximo se identifica com esses riscos, é possível contar com os psicólogos da Psitto para acolhimento e orientação profissional.
Como é feito o diagnóstico da depressão maior?
O diagnóstico do transtorno depressivo maior é realizado por profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, por meio de uma avaliação clínica cuidadosa.
Assim, durante a consulta, o especialista analisa os sintomas relatados, sua duração, intensidade e o impacto na rotina da pessoa. Também é comum investigar o histórico pessoal, familiar e social.
A principal referência para o diagnóstico é o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Segundo ele, é necessário apresentar pelo menos cinco sintomas, incluindo humor deprimido ou perda de interesse, por no mínimo duas semanas.
Esse processo não envolve exames laboratoriais, mas, em alguns casos, o profissional pode solicitar exames para descartar causas médicas associadas.
Tratamento do Transtorno Depressivo Maior
O tratamento da depressão maior é multidisciplinar, combinando abordagens que atuam de forma complementar para promover o bem-estar e a recuperação.
As principais frentes envolvem psicoterapia, uso de medicação antidepressiva (quando necessário), apoio social e mudanças no estilo de vida, mas o plano de tratamento deve ser personalizado conforme o perfil e a gravidade dos sintomas.
A psicoterapia é essencial para ajudar o paciente a entender suas emoções, padrões de pensamento e lidar com os fatores que contribuem para a depressão. Já a medicação pode equilibrar a química cerebral e aliviar os sintomas mais intensos.
Abaixo, detalhamos os diferentes tipos de tratamento, abordagens e suas aplicações conforme o quadro de cada paciente.
Terapia
A psicoterapia é uma das formas mais eficazes de tratar a depressão maior, pois ela ajuda o paciente a compreender seus sentimentos e desenvolver novas formas de lidar com os desafios.
Assim, as abordagens mais indicadas incluem:
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): foca na identificação e reestruturação de pensamentos negativos.
- Terapia Interpessoal (TIP): trabalha os relacionamentos e questões emocionais que afetam o humor.
- Psicoterapia psicodinâmica: explora experiências passadas e conflitos internos que influenciam o comportamento atual.
- Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT): ajuda o paciente a lidar com emoções difíceis e a agir com base em seus valores.
Na Psitto, você encontra psicólogos online capacitados em diferentes abordagens, para um atendimento personalizado e acolhedor.
Medicação
Os antidepressivos são indicados em casos de depressão moderada a grave, especialmente quando os sintomas comprometem o funcionamento diário. Os principais tipos incluem:
- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS);
- Tricíclicos;
- Inibidores da monoamina oxidase (IMAO).
Essas medicações atuam no equilíbrio dos neurotransmissores responsáveis pelo humor No entanto, é fundamental que a prescrição e o acompanhamento sejam feitos por um médico, pois cada caso requer uma avaliação individualizada.
Suporte de amigos e familiares
O apoio emocional de pessoas próximas faz toda a diferença na recuperação. Estar ao lado de quem sofre com depressão, sem julgamentos, é um gesto poderoso.
Dessa forma, a escuta ativa, o incentivo ao tratamento e a presença constante fortalecem o vínculo e ajudam a reduzir o isolamento. Além disso, pequenas atitudes de cuidado mostram à pessoa que ela não está sozinha.
A Psitto também orienta famílias que buscam entender como ajudar seus entes queridos de forma efetiva.
Mudanças no estilo de vida
Além da terapia e da medicação, hábitos saudáveis podem contribuir para o controle dos sintomas e a melhora da qualidade de vida.
Portanto, algumas mudanças recomendadas são:
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Manter uma alimentação equilibrada;
- Estabelecer uma rotina de sono saudável;
- Reservar tempo para lazer e autocuidado.
Essas práticas, associadas ao tratamento profissional, fortalecem a saúde mental e emocional a longo prazo.
Qual a diferença entre depressão e Transtorno Depressivo Maior?
Embora os termos sejam usados como sinônimos, existe uma diferença importante entre depressão e transtorno depressivo maior.
Assim, a depressão leve ou episódica é um estado emocional marcado por tristeza, desânimo e cansaço. Em geral, é transitória e costuma melhorar com apoio emocional, autocuidado e mudanças na rotina.
Já o transtorno depressivo maior é uma condição mais intensa, duradoura e incapacitante, sendo que os sintomas afetam o funcionamento diário da pessoa, comprometendo trabalho, estudos e relações.
Enquanto a depressão leve pode passar com o tempo, a depressão maior exige tratamento profissional e suporte especializado.
Há como prevenir a depressão maior?
Embora nem sempre seja possível evitar a depressão maior, é possível reduzir os riscos com algumas práticas simples, como:
- Autocuidado: manter sono regular, alimentação saudável e praticar exercícios físicos.
- Suporte psicológico: buscar acompanhamento profissional para lidar com emoções e situações difíceis.
- Desenvolvimento da resiliência: aprender a enfrentar desafios com equilíbrio emocional.
- Manejo do estresse: usar técnicas para controlar a ansiedade e reduzir a pressão do dia a dia.
Assim, investir nesses cuidados ajuda a fortalecer a saúde mental e diminuir a chance de desenvolver a depressão maior.
Diferenças entre a distimia e a depressão maior
Tanto a distimia quanto o transtorno depressivo maior são formas de depressão, mas apresentam características distintas:
Distimia (Transtorno Depressivo Persistente):
- Depressão crônica, com sintomas leves a moderados.
- Dura por pelo menos dois anos, sendo contínua ou quase contínua.
- Sintomas menos intensos, mas persistentes, como tristeza constante, baixa autoestima e fadiga.
- Pode impactar a qualidade de vida, mas geralmente não causa incapacitação grave.
Depressão maior:
- Episódios mais intensos e graves, com sintomas profundos de tristeza, perda de interesse e alterações físicas.
- Episódica, com duração mínima de duas semanas, podendo ser recorrente.
- Provoca prejuízos significativos no funcionamento social, profissional e pessoal.
- Exige tratamento mais urgente e muitas vezes multidisciplinar.
Reconhecer essas diferenças é fundamental para buscar o cuidado adequado, e na Psitto você encontra profissionais prontos para ajudar em qualquer desses quadros.
Quais são os 4 tipos de depressão?
Existem diferentes tipos de depressão, cada um com características específicas. Os principais são:
- Depressão Maior: Episódios intensos e prolongados, que afetam o humor, o comportamento e o funcionamento diário. Pode ser recorrente e requer tratamento profissional.
- Distimia: Forma crônica e mais leve de depressão, com sintomas presentes por pelo menos dois anos. Afeta o bem-estar de forma contínua, porém sem incapacitar tanto quanto a depressão maior.
- Depressão Sazonal: Ocorre em períodos específicos do ano, geralmente no outono e inverno, quando há menor exposição à luz solar, mas os sintomas melhoram nas outras estações.
- Depressão Atípica: Caracterizada por sintomas como aumento do apetite, sono excessivo e sensibilidade à rejeição. Além disso, pode apresentar melhora temporária diante de eventos positivos.
É importante ressaltar que cada tipo exige avaliação e tratamento adequados.
Consequências da depressão maior não tratada
A depressão maior sem tratamento pode causar impactos graves em várias áreas da vida, como:
- Saúde física: fadiga intensa, dores, alterações no sono e apetite, enfraquecimento do sistema imunológico.
- Saúde emocional: piora dos sintomas, tristeza profunda, desesperança e sentimentos de inutilidade.
- Vida social: isolamento, afastamento de familiares e amigos, dificuldades nos relacionamentos.
- Vida profissional: queda no rendimento, faltas frequentes e possível incapacidade para manter o trabalho.
- Desenvolvimento de outros transtornos mentais: aumento do risco de ansiedade e abuso de substâncias.
- Risco de suicídio: elevação do perigo, exigindo atenção imediata e cuidado profissional.
Dessa forma, buscar ajuda especializada é fundamental.
Como ajudar alguém com Transtorno Depressivo Maior?
Apoiar quem enfrenta depressão maior exige atenção, empatia e atitudes concretas. Então, veja como ajudar:
- Ofereça apoio emocional: esteja presente, demonstre interesse e cuide sem julgamentos.
- Ouça com atenção: permita que a pessoa fale sobre seus sentimentos, sem interromper ou minimizar o que ela diz.
- Incentive o tratamento profissional: motive a buscar psicólogo ou psiquiatra, mostrando que ajuda é essencial.
- Esteja atento aos sinais de crise: pensamentos suicidas ou isolamento extremo exigem intervenção rápida.
- Apoie no dia a dia: ajude com tarefas simples, convide para atividades e mantenha contato frequente.
- Respeite o tempo e o espaço: cada pessoa tem seu ritmo para lidar com a doença, portanto evite pressa ou cobranças.
Na Psitto, familiares e amigos também encontram orientação para oferecer o suporte adequado durante o tratamento.
Depressão maior na infância e adolescência
O transtorno depressivo maior pode se manifestar de forma diferente em crianças e adolescentes.
Nos jovens, os sintomas comuns incluem irritabilidade, mudanças no comportamento, baixo rendimento escolar e isolamento social. No entanto, essas manifestações podem ser confundidas com mudanças normais da idade, dificultando o diagnóstico precoce.
Por isso, identificar e tratar a depressão desde cedo é fundamental para evitar complicações e garantir o desenvolvimento saudável do indivíduo.
Entenda o crescimento de casos de depressão maior
A depressão maior é uma das condições de saúde mental que mais cresce no mundo, e estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram desse transtorno globalmente.
De acordo com a OMS, a depressão será a principal causa de incapacidade no mundo até 2030, superando doenças como câncer e doenças cardíacas. Além disso, os estudos apontam que os países de baixa renda são mais afetados, enfrentando maior incidência de depressão e menos recursos para tratamento .
De acordo com a BBC News, no Brasil, a depressão atinge 5,8% da população, representando cerca de 11,5 milhões de pessoas, sendo o país com maior prevalência de depressão na América Latina .
Esse aumento está relacionado a fatores como estresse social, mudanças no estilo de vida e maior conscientização sobre saúde mental.
Portanto, investir em saúde mental é essencial para enfrentar esse desafio global.
Quando procurar ajuda profissional?
Alguns sinais indicam que é hora de buscar apoio de um psicólogo ou psiquiatra. Fique atento a:
- Sintomas persistentes por mais de duas semanas, como tristeza profunda, apatia e falta de energia.
- Pensamentos suicidas ou sensação de que a vida não vale a pena.
- Isolamento social, afastamento de amigos, família e atividades cotidianas.
- Perda de funcionalidade, dificuldade para manter compromissos no trabalho, na escola ou em casa.
- Alterações no sono e apetite, como insônia, sono excessivo ou perda de peso sem motivo.
- Sensações de culpa, fracasso ou desesperança constantes.
Nesses casos, procurar um profissional é essencial. A Psitto é uma ótima opção para tratar a depressão maior com segurança e acolhimento, pois conecta você a uma rede de psicólogos qualificados, com atendimento online e acessível.
Psicólogos para Depressão
Conheça os psicólogos que atendem casos de Depressão no formato de terapia online por videochamanda:
-
Carla Carli
Consultas presenciais
Consultas por vídeoCarla é Pós-Graduada em Psicologia Hospitalar (Santa Casa de Misericórdia de SP) e Pós-Graduanda em Neuropsicologia e Abordagem Centrada na Pessoa, e atua com a abordagem TCC - Terapia Cognitivo-Comportamental...
Valor R$ 260
próximo horário:
Consulte os horários -
Giovanna Emily
Consultas presenciais
Consultas por vídeoGiovanna Emily e pós-graduada em Neurociência e Psicologia Aplicada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, e embasa os seus atendimentos pela Terapia Cognitiva Comportamental...
Valor R$ 260
próximo horário:
Consulte os horários
Quem leu esse artigo também se interessou por:
- Depressão: descubra quais tipos existem
Descubra quais são os principais tipos de depressão e como cada um se manifesta. Saiba os sintomas e como é feito o diagnóstico.
- Depressão pós-parto: o que é?
Entenda o que é a depressão pós-parto, seus sintomas, causas e opções de tratamento para garantir o bem-estar da mãe e do bebê.
- Como se comporta uma pessoa com depressão grave? Entenda
A depressão grave pode prejudicar a vida de uma pessoa, uma vez que ela tem sintomas persistentes. Entenda como lidar com depressão grave.
Outros artigos com Tags semelhantes:
- Como ajudar uma pessoa com depressão? 13 maneiras de ajudar
A depressão é uma doença incapacitante que afeta mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo. Ela é tão séria, que foi considerada pela Organização [...]
- Como explicar a depressão para entes queridos
O estigma contra a depressão reduziu consideravelmente nas últimas duas décadas, mas ainda há desinformação e crenças equivocadas que prejudicam a compreensão da doença. Como explicar a depressão para [...]
- Depressão pós-parto: o que é?
A depressão pós-parto é um transtorno de humor que envolve tristeza e desesperança profunda e pode surgir nos primeiros meses após o nascimento do bebê. Ela é diferente do [...]
Autor: psicologo Leonardo Damasceno Salvador - CRP 06/129877Formação: O psicólogo Leonardo Damasceno Salvador é formado em Psicologia pela UNIP – Universidade Paulista de São José do Rio Preto/SP, pós-graduado em Psicologia e Saúde Mental pela Faculdade Metropolitana de Ribeirão Preto/SP e, tem uma segunda pós-graduação em Filosofia Ética e Cidadania, também pela...