Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Lujan de Cássia Agostinho - Psicólogo CRP 06/85978
Os sintomas de alcoolismo são diversos, mas todos têm em comum o fato de afetarem de forma significativa a vida do indivíduo.
Isso porque esta dependência química é caracterizada pela ingestão compulsiva, controle inadequado e uso contínuo de álcool.
E embora muitas vezes seja percebida como uma escolha voluntária, as raízes do problema são profundas e variadas, incluindo fatores genéticos, sociais, psicológicos e ambientais.
Então, compreender suas causas e os sintomas de alcoolismo é essencial para que possamos tratar essa condição.
Pensando nisso, elaboramos esse guia completo para esclarecer os sinais de alerta, o desenvolvimento do distúrbio e as opções de tratamento disponíveis, oferecendo uma visão abrangente para aqueles que buscam ajuda.
O que é alcoolismo? Quando uma pessoa é considerada alcoolista?
O alcoolismo, também conhecido como dependência do álcool, é uma condição médica crônica e progressiva caracterizada pelo consumo excessivo e compulsivo de álcool, que leva a uma série de problemas físicos, psicológicos e sociais.
Por isso, é considerado um transtorno do uso de substâncias e envolve a dependência física e psicológica do álcool.
É importante deixar claro que o uso do termo “alcoólatra” é frequentemente considerado inadequado por muitos especialistas, e está caindo em desuso entre os especialistas no tema.
Isso porque essa palavra, com o sufixo -atra, indica que a pessoa é um “adorador do álcool”.
Desta forma, “alcóolatra” dá a entender que a pessoa tem um vício por culpa própria e que o alimenta, sendo incapaz de controlar o seu corpo.
Portanto, a preferência atualmente é falar de quem sofre da doença como “alcoolista”, que sinaliza que a pessoa está enfrentando um problema de saúde relacionado ao álcool.
Essa escolha de linguagem enfatiza a natureza médica do alcoolismo e promove uma visão mais compassiva da condição.
Sabendo disso, podemos dizer que uma pessoa é considerada alcoólatra quando desenvolve uma dependência física e/ou psicológica do álcool, um dos grandes sintomas de alcoolismo.
Ou seja, é quando a pessoa tem um forte desejo ou sensação de compulsão para consumir álcool e também quando aparecem sintomas de abstinência uma vez que o consumo de álcool é reduzido ou interrompido.
Uma pessoa também é considerada alcoólatra quando começa a abandonar atividades sociais, profissionais ou recreativas devido ao uso do álcool.
Ou ainda quando persiste em consumir álcool mesmo ciente dos problemas físicos ou psicológicos recorrentes que a bebida lhe causa.
Perfil de um alcoólatra
O perfil de um alcoólatra envolve comportamentos como o aumento da frequência e quantidade de consumo de álcool, com isso, a pessoa pode apresentar oscilações de humor frequentes, irritabilidade, e até mesmo agressividade, além de se isolar socialmente.
Entre quais são as características de um alcoólatra que definem seu perfil, também podemos citar a dificuldade em manter relacionamentos familiares e de amizade devido à obsessão pela bebida, o que dificulta lidar com situações cotidianas.
Isso acontece porque o álcool passa a dominar os pensamentos e ações dessa pessoa, levando-a a negligenciar outros aspectos da vida, como família e amigos.
Outro ponto característico do perfil de um alcoólatra, que também pode ser visto como um dos sintomas de alcoolismo, é a negação do seu problema, mesmo que seja evidente, pois acreditam que ainda têm controle sobre sua situação.
Quais são as principais causas do alcoolismo?
É preciso destacar que se trata de uma doença progressiva e crônica, e não há uma única causa que explique totalmente seu desenvolvimento.
Normalmente, várias dessas razões interagem entre si quanto aos sintomas de alcoolismo, pois geralmente, envolve uma combinação de predisposição genética, com problemas psicológicos, sociais e ambientais.
Aqui estão algumas das causas mais comuns do alcoolismo.
Fatores Genéticos
A predisposição genética desempenha um papel significativo no desenvolvimento do alcoolismo, uma vez que pessoas com histórico familiar de alcoolismo têm maior probabilidade de desenvolver a condição.
Isso sugere que algumas pessoas podem ter uma vulnerabilidade para o abuso de álcool que é possível prever ao analisar a relação de outros membros da família que sofreram com esse problema.
Fatores Biológicos
Alterações na química cerebral podem influenciar a propensão ao alcoolismo. Essas mudanças ocorrem porque álcool afeta o sistema de recompensa do cérebro, liberando neurotransmissores que podem criar uma sensação de prazer.
Algumas pessoas podem ser mais sensíveis a essas alterações bioquímicas e começam a sentir necessidade de obter o prazer por meio da bebida.
Fatores Psicológicos
Questões psicológicas, como estresse, ansiedade, depressão, luto e traumas passados, então podem levar as pessoas a recorrer ao álcool como uma forma de auto-medicação.
O álcool temporariamente alivia esses sintomas, o que pode levar à dependência, já que o cérebro começa a associar esses momentos de alívio com as substâncias.
Ambiente Social e Cultural
O ambiente em que uma pessoa cresce e vive desempenha um papel crucial para a sua formação, mas também pode influenciar no desenvolvimento de vícios e comportamentos de risco.
Fatores como a disponibilidade de álcool, a aceitação social do consumo excessivo e a influência de amigos e familiares que bebem, por meio de comportamento imitativo, podem incentivar o alcoolismo.
Pressões Sociais e Estresse
Situações do cotidiano, como expectativas de desempenho no trabalho, problemas financeiros e dificuldades pessoais, podem aumentar o estresse, levando algumas pessoas a recorrer ao álcool para lidar com essas pressões.
Idade de Início
Iniciar o consumo de álcool em uma idade precoce, especialmente durante a adolescência, aumenta o risco de desenvolver o alcoolismo. Então, o cérebro em desenvolvimento pode ser mais vulnerável aos efeitos prejudiciais da substância.
Trauma Infantil
Experiências traumáticas na infância, como abuso físico, emocional ou sexual, podem aumentar o risco de desenvolver alcoolismo mais tarde na vida como uma forma de lidar com o trauma.
Leia também: Saúde mental materna: entenda a importância e cuidados!
Quais são os sintomas do alcoolismo?
Abaixo, listamos os principais sintomas de alcoolismo. Confira.
Compulsão pela bebida
Pessoas com alcoolismo muitas vezes têm um desejo incontrolável de beber álcool, mesmo quando estão cientes dos danos que isso pode causar à saúde e à vida pessoal.
Distúrbios do sono e/ou má alimentação
O consumo excessivo de álcool pode interferir no padrão de sono e na alimentação adequada, levando a insônia, má nutrição e desequilíbrios nutricionais.
Emoções afetadas e alterações de humor
O alcoolismo frequentemente está associado a sentimentos de culpa devido ao impacto negativo que o consumo de álcool tem nas relações e na vida de uma pessoa. Além disso, o álcool pode desinibir comportamentos agressivos e hostis, levando a conflitos nas relações pessoais.
Mau rendimento, fadiga e/ou dificuldade de raciocínio
Outra consequência pode prejudicar o desempenho no trabalho ou nas atividades diárias devido à fadiga, falta de concentração e dificuldade de raciocínio.
Prejuízo no metabolismo, podendo afetar órgãos importantes
O consumo crônico de álcool pode causar danos aos órgãos, resultando em problemas de saúde significativos. Algumas das consequências:
- fígado: cirrose e hepatite alcoólica;
- sistema cardiovascular: hipertensão arterial eardiomiopatia alcoólica;
- sistema digestivo: pancreatite e úlceras gástricas;
- sistema nervoso central: ataxia, problemas de memória, dificuldades de concentração, demência alcoólica e outros distúrbios neurológicos;
- sistema imunológico: enfraquecimento, tornando a pessoa mais suscetível a infecções.
- sistema endócrino: desregulação hormonal;
- sistema renal: insuficiência
- sistema respiratório: pneumonia aspirativa e apneia do sono;
- sistema musculoesquelético: miopatia alcoólica;
- sistema gastrointestinal: hemorragias gastrointestinais;
- sistema dermatológico: vasos sanguíneos dilatados (teleangiectasias) e desnutrição da pele.
Tolerância ao álcool
Com o tempo, as pessoas com alcoolismo podem desenvolver tolerância, o que significa que precisam beber mais álcool para alcançar os mesmos efeitos que costumavam sentir com doses menores.
Sintomas físicos de abstinência
Quando uma pessoa com alcoolismo tenta parar de beber ou reduzir o consumo, pode experimentar sintomas de abstinência, como tremores, suores, crises de ansiedade, náusea, vômito, insônia e até convulsões em casos graves.
Sintomas da depressão alcoólica
A depressão alcoólica é um dos sintomas de alcoolismo e está estreitamente ligada a ingestão excessiva e frequente de bebidas alcoólicas, que leva ao agravamento dos sintomas depressivos já existentes ou desencadeia um novo quadro depressivo.
Os sinais da depressão alcoólica variam e podem incluir:
- falta de interesse em atividades anteriormente prazerosas;
- diminuição da energia;
- constante sensação de cansaço;
- alterações no padrão de sono, como insônia;
- mudanças no apetite e peso corporal;
- tristeza persistente;
- ansiedade;
- perda de interesse e prazer;
- irritabilidade;
- cansaço;
- redução de energia.
Neste cenário, dado que o consumo excessivo de álcool pode intensificar os sintomas da depressão e vice-versa, é fundamental abordar ambos casos para um tratamento eficaz.
E quanto mais cedo isso ocorrer, melhor, pois a detecção precoce dos sinais de depressão alcoólica facilita a busca por ajuda profissional, o que possibilita intervenções adequadas para melhorar a qualidade de vida do indivíduo afetado.
No mais, o diagnóstico da depressão alcoólica passa por duas etapas: avaliação médica e análise clínica dos sinais.
Isso deve ser feito por médicos especializados, como psicólogos e psiquiatras.
No exame físico, o profissional irá analisar se há transtornos mentais, padrões de consumo de álcool e tipos de depressão para diferenciar entre dependência alcoólica e física.
Como é o comportamento de uma pessoa alcoólatra?
O comportamento de uma pessoa alcoólatra pode variar amplamente, dependendo de fatores individuais como a personalidade, a gravidade da dependência e as circunstâncias de vida.
No entanto, alguns padrões comportamentais são frequentemente associados ao alcoolismo. Confira alguns abaixo.
- Beber em segredo ou esconder o consumo de álcool: o indivíduo pode beber às escondidas e esconder bebidas alcoólicas para dissimular a quantidade de álcool que consome.
- Negar o problema: muitas pessoas com alcoolismo negam que têm um problema com a bebida ou subestimam a quantidade de álcool que consomem.
- Justificar o consumo: pode-se criar uma variedade de desculpas para beber, como alívio de estresse, para relaxar ou lidar com problemas.
- Mudanças de humor e irritabilidade: quando não está bebendo ou está experimentando a síndrome de abstinência, o indivíduo pode se tornar irritado ou ter outras alterações de humor.
- Problemas legais, profissionais ou financeiros: surgem como resultado do consumo de álcool, como dirigir sob influência, problemas no trabalho devido ao alcoolismo, ou gastar dinheiro excessivo em álcool.
- Síndrome de abstinência: experiência de sintomas físicos desagradáveis quando o efeito do álcool diminui, incluindo tremores, suor, náuseas e ansiedade.
Como a DEPENDÊNCIA QUÍMICA afeta as relações de trabalho?
Os efeitos negativos da dependência química podem se estender a várias áreas do ambiente de profissional e afetar tanto o indivíduo com a dependência quanto seus colegas e a empresa como um todo.
Então, aqui estão algumas maneiras pelas quais a dependência química pode afetar as relações e o bem-estar no trabalho:
Como conseguir identificar e tratar o alcoolismo?
Identificar e tratar os sintomas de alcoolismo é crucial para a saúde e o bem-estar da pessoa afetada. Para isso, é essencial reconhecer os sintomas.
Esteja atento aos sinais como desejo incontrolável de beber, perda de controle sobre o consumo, tolerância, sintomas de abstinência e negligência de responsabilidades.
Caso acredite que cruzou a linha, consulte um médico para avaliar a situação e realizar exames médicos e psicológicos.
Em casos graves de sintomas de alcoolismo, a desintoxicação sob supervisão médica pode ser necessária, incluindo participação em programas de reabilitação.
De qualquer forma, é importante contar com o apoio da terapia individual ou em grupo para abordar questões subjacentes relacionadas ao alcoolismo.
Então, ao notar sintomas de alcoolismo, participe de grupos como Alcoólicos Anônimos (AA) para obter suporte emocional e compartilhar experiências.
Lembrando que cada pessoa é única e o tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais.
A recuperação dos sintomas de alcoolismo é um processo contínuo, mas com apoio adequado, é possível superar o alcoolismo e retomar uma vida saudável e produtiva.
Se você necessita de acompanhamento psicológico para lidar com o álcool, procure na rede de especialistas da Psitto!
Alcoolismo tem cura?
O alcoolismo não tem cura, pois é uma forma de dependência química, portanto, a abstinência é a única maneira eficaz de lidar com esse problema, o que implica em parar completamente de consumir álcool e evitar contato com a substância.
Portanto, se o alcoolismo pode ser curado depende do padrão de consumo da pessoa.
Muitos indivíduos conseguem parar ou reduzir seu consumo por conta própria. No entanto, para aqueles que consomem álcool com mais frequência ou em maior quantidade, pode ser mais difícil.
Tratamentos para alcoolismo
Confira abaixo alguns dos tratamentos para os sintomas de alcoolismo.
Desintoxicação
Desintoxicação envolve a remoção do álcool do corpo e o manejo dos sintomas de abstinência.
Em certos casos, pode ser necessário o acompanhamento hospitalar durante essa etapa do tratamento.
Reabilitação e cuidados contínuos
A reabilitação para alcoólatras incorpora diversas medidas para evitar a recaída no consumo de álcool.
Isso pode envolver tratamentos médicos e apoio psicológico para promover o bem-estar mental e intervenções sociais.
Além disso, sessões regulares com um terapeuta ao longo de várias semanas ou meses, uma ou duas vezes por semana, são recomendadas.
Estas sessões visam ajudar o paciente a resistir ao consumo de álcool, lidar com o estresse e enfrentar situações desencadeadoras.
Também é essencial criar um ambiente de suporte para discutir as preocupações referentes ao consumo de álcool e promover a construção de amizades e relacionamentos saudáveis que não girem em torno da bebida.
Medicamentos
Certos medicamentos podem auxiliar algumas pessoas a controlar o desejo pelo álcool.
Esses medicamentos atuam de diversas maneiras, reduzindo o desejo pela substância, diminuindo o prazer associado ao consumo ou induzindo desconforto após o consumo.
No entanto, como qualquer medicamento, eles podem causar efeitos colaterais.
Além disso, a prescrição e o uso desses medicamentos como parte do tratamento devem ser supervisionados por um médico, que fornecerá orientações sobre possíveis efeitos adversos.
Conclusão
Hoje nos dedicamos a apresentar a você os sintomas de alcoolismo, que como você viu, é uma condição complexa que afeta profundamente a vida do indivíduo, caracterizada pelo consumo compulsivo e excessivo de álcool, apesar das consequências adversas.
Embora muitas vezes seja percebido como uma escolha voluntária, suas raízes são profundas e multifacetadas, incluindo fatores genéticos, sociais, psicológicos e ambientais.
Neste cenário, uma pessoa é considerada alcoólatra quando desenvolve uma dependência física e/ou psicológica do álcool, manifestando compulsão pelo consumo, sintomas de abstinência e prejuízos em diversas áreas da vida.
O tratamento para o alcoolismo moderado a grave geralmente envolve desintoxicação, reabilitação e, em alguns casos, o uso de medicamentos.
A compreensão desses aspectos é essencial para fornecer apoio adequado e promover uma abordagem mais compassiva em relação a essa condição médica.
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Autor: psicologa Lujan de Cássia Agostinho - CRP 06/85978Formação: Lujan de Cássia Agostinho possui graduação e licenciatura em Psicologia, especialização em Psicologia Clínica na Abordagem Cognitivo-Comportamental (TCC) e MBA em Gerência de Recursos Humanos.