Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Alexandre Andrade Leite - Psicólogo CRP 06/152174
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo, ou somente TOC, costuma estar presente em muitas conversas nas redes sociais e fora delas.
Muitas pessoas afirmam ter esse distúrbio psicológico por serem adeptas da organização e da limpeza impecável, ou brincam sobre ter essa condição de saúde mental.
Os comportamentos expressados pelas pessoas com TOC, no entanto, são bastante específicos. Além disso, não há nada de divertido neles.
Quem tem TOC sofre diariamente com a necessidade de satisfazer desejos irracionais para aliviar a ansiedade.
Afinal, o que é TOC?
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é uma condição associada à ansiedade com muitas particularidades. Ele se manifesta por meio de pensamentos ou rituais específicos ou ambos.
Esses, por sua vez, dominam o comportamento das pessoas, conduzindo-as a fazerem repetições incessantes.
Por isso, o indivíduo com TOC exibe algumas condutas atípicas, as quais provocam comentários desagradáveis de quem não entende os seus sentimentos e modo de pensar.
Embora ele sinta uma necessidade incontrolável de atender às suas compulsões, não recebe satisfação ou prazer nenhum ao fazer isso.
A ansiedade é aliviada momentaneamente, mas logo os rituais inusitados e pensamentos ansiosos retornam para tirar o sossego dele.
Os primeiros sintomas desta condição tendem a aparecer no final da adolescência, apesar de também poderem iniciar na infância e após os 40 anos.
Comportamentos das pessoas com TOC
As pessoas com TOC engajam em uma variedade de comportamentos para satisfazerem a sua ansiedade crescente. Se elas não fizerem o que esse sentimento desagradável “manda”, ficam agoniadas. A vontade de reforçar hábitos e manias é quase incontrolável.
Os seus pensamentos também interferem em seu jeito de ser. Eles são, em sua maioria, formados por cenários de tragédias ilógicas com amigos, familiares e desconhecidos.
Quem tem TOC fica com tanto medo dessas cenas se concretizarem que cria rituais específicos para salvar esses indivíduos das situações negativas.
Apesar das pessoas com TOC compreenderem até certo ponto que esses devaneios não têm sentido, elas não conseguem evitar o medo ocasionado por essas visões.
Outra característica marcante das condutas derivadas do TOC é a contagem. A quantidade de execuções de uma ação é muito importante por razões inexplicáveis.
Por conta disso, muitos pacientes desse distúrbio psicológico se sentem presos aos sintomas.
Em seguida, confira alguns dos comportamentos mais comuns expressados por quem possui essa condição.
1. Lavar as mãos excessivamente
A pessoa com TOC sente necessidade de lavar as mãos várias vezes ao dia e por um determinado período. Quando começa a fazer a higiene das mãos (com muito sabão, de preferência), não para até chegar a um número exato. Esse anseio costuma se originar do medo excessivo de germes, doenças e contaminações.
2. Fazer pequenas verificações
Verificar as portas, as janelas, a trava do carro, a posição dos móveis e a organização dos objetos decorativos é outro comportamento de pessoas com TOC.
Quase todo mundo faz essas verificações ocasionalmente quando sai de casa. É normal sentir essa insegurança às vezes.
A pessoa com essa condição, contudo, faz isso de modo obsessivo e independente da situação. Ela pode até interromper uma ação para verificar se todas as janelas de sua residência estão fechadas.
O mesmo ritual para sair de casa é repetido em todas as ocasiões, chegando a ser cansativo e frustrante.
3. Arrumar objetos de modo simétrico
A simetria é outro ponto importante. Objetos, vestimentas e até móveis são organizados simetricamente. Esse comportamento é disseminado popularmente entre as pessoas como “mania de organização”.
Quando elas veem uma estrutura ou uma organização assimétrica, dizem que aquela visão desperta o “seu TOC”.
Porém, elas não sentem a mesma ansiedade e angústia do indivíduo que realmente sofre com os sintomas desse distúrbio.
Leia também: Transtorno de acumulação: Sintomas, causas e tratamento [Guia]
4. Preocupação excessiva
Como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo está ligado à ansiedade, a preocupação excessiva com questões grandes e/ou pequenas é constante.
A pessoa com TOC se preocupa com a saúde e a segurança de entes queridos o tempo todo, assim como a sua própria.
Quando está relaxada, um pensamento ruim aparece e incita preocupações desnecessárias. Em vez de procurar entrar em contato com a pessoa alvo de seus devaneios, ela expressa a sua inquietação através de rituais e comportamentos específicos.
5. Ter medos diversos e constantes
As pessoas com TOC temem ficar doentes, se machucar, morrer, de encostar em determinados objetos, entrar em contato com germes, sofrer um acidente, ser rejeitadas, e assim vai.
O medo deriva de situações extremamente negativas e, quase sempre, improváveis. Alguns são tão intensos que podem chegar ao nível de fobia.
6. Necessidade de limpar de modo excessivo
A limpeza incessante também é outro sintoma claro de TOC. Se os cômodos de sua residência e ambiente de trabalho não estiverem brilhando, a pessoa não consegue relaxar. Manchas, poeira, migalhas e fios de cabelo são visões abomináveis para ela.
Em razão disso, pode dedicar muitas horas para faxinar os recintos que costuma frequentar, mesmo quando eles já estão limpos.
A compulsão por limpeza também se estende para a higiene pessoal. Sendo assim, os banhos são frequentes e longos para que a pessoa tenha certeza que se livrou de todos os germes sob a sua pele.
Além disso, ela pode ficar obcecada com hábitos diários de higiene, como escovar os dentes, trocar de roupa, arrumar o cabelo e, como dito, lavar as mãos.
7. Contar compulsivamente
A contagem está muito presente na vida das pessoas com TOC. Elas contam os seus passos, as linhas entre os azulejos, os postes de luz, os livros em uma estante, as pessoas em um ambiente e pequenos objetos, como alfinetes e clipes de papel.
Esse hábito de contar por vezes acalma os seus pensamentos, mas também pode deixá-las mais nervosas. A contagem é feita tanto mentalmente quanto em voz alta, característica que costuma despertar a estranheza de indivíduos próximos.
8. Ter rituais diários específicos
Pessoas com TOC alimentam múltiplas hipóteses em suas cabeças e sustentam teorias improváveis para justificarem os seus rituais diários. Elas costumam ser formadas a partir da seguinte estrutura de pensamento: “Se eu fizer X coisa, a situação Y não irá acontecer”.
Um exemplo desse tipo de devaneio é: “Se eu der cinco voltas no meu quarto, a minha casa não vai pegar fogo enquanto eu estiver dormindo”.
Assim, nascem os rituais de limpeza, de contagem, de verificação, de conduta, de expressão oral, entre muitos outros. A cada gratificação dos passos dos rituais diários, a pessoa com TOC fortalece os sintomas dessa condição psicológica.
Quem convive com um indivíduo que possui necessidade de cumprir esses rituais não deve incentivá-los, como também não deve impedi-los. O ideal é somente ignorá-los, tratando uma conduta compulsiva ou obsessiva como se não fosse nada. Desta forma, os rituais não ganham força.
9. Tendência a superstição
Não raro quem tem TOC teme o número 13, gatos pretos, espelhos quebrados e objetos de azar em geral. Esses indivíduos também acreditam em superstições populares, como, por exemplo, a orelha ganhar um tom avermelhado quando alguém estiver falando de você.
Da mesma forma, tendem a ter uma inclinação para acreditar em lendas urbanas e seguir costumes religiosos. Portanto, fazem de tudo para evitar entrar em contato com quaisquer ocasiões ou elementos supersticiosos.
10. Aversão a doenças
A pessoa com TOC fica ansiosa quando adoece. Subitamente, pode acreditar que sua saúde está gravemente prejudicada e se desesperar, causando pânico entre familiares e amigos.
Também faz exames de rotina diversas vezes ao ano para se certificar que sua saúde está em boas condições.
Apesar dos resultados não mostrarem nenhuma alteração em seu organismo, ela não consegue relaxar e pode até insistir em estar gravemente enferma.
Existe tratamento para o TOC?
É importante frisar que esses comportamentos devem ser combatidos.
Sem assistência psicológica, contudo, é quase impossível não ceder a quantidade de sensações e sentimentos ruins que bombardeiam o interior da pessoa com TOC. Mesmo não tendo esse desejo, ela acaba gratificando as compulsões para se sentir bem.
A psicoterapia é uma forma de tratamento eficaz para aliviar os sintomas, trabalhar as compulsões e superar os medos associados a esse distúrbio psicológico.
O acompanhamento psicológico para o Transtorno Obsessivo-Compulsivo raramente é indolor, pois mexe com crenças e sentimentos consolidados.
Porém, é necessário quebrar esse ciclo de obsessão e compulsão com técnicas psicoterapêuticas para que o paciente recobre o controle de sua vida.
O apoio de entes queridos e amigos é muito importante durante a jornada de cura dos pacientes. Palavras de amor e demonstrações de apoio são essenciais para que passem pela psicoterapia sem estresse.
Leia também: “TDAH adulto: causas, sintomas, desafios, como lidar e tratamento“
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Consultas por vídeoA Psicóloga Natália formou-se pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2010. Também obteve grau de Especialista em Saúde Pública e de Especialista em Intervenção Psicanalítica na Clínica com Crianças e com Adolescentes pela mesma referida Universidade nos anos de 2011 e 2017.
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Consultas por vídeoA psicóloga Marcela V. F. N. Lima é graduada na UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - campus do Pantanal). Atualmente cursa o aperfeiçoamento em terapia e conselhamento para pais, tutores e professores em Applied Behavior Analysis - ABA (Análise do Comportamento Aplicada).
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Autor: psicologo Alexandre Andrade Leite - CRP 06/152174Formação: Formado em Psicologia pela Universidade Nove De Julho, realizou estágios focados em clínica psicológica, tanto voltada para linha Psicanalítica como para a linha Comportamental.
Achei legal a apresentação dos possíveis comportamentos, porém gostaria que escrevesse um pouco mais sobre as formas de tratar, inclusive se possível fora da terapia. Só uma sugestão, pois tenho lido bastante seus artigos.
Olá, Aleandro!
Sugestão anotada!!!
Abraços,
Psicóloga Thaiana