Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thiago Galdino de Souza - Psicólogo CRP 04/36869

O transtorno de referência olfativa é uma condição psicológica em que a pessoa acredita, de forma persistente e sem evidências, que exala um cheiro desagradável.
Esse pensamento gera angústia intensa e impacta negativamente a vida social, profissional e emocional do indivíduo.
Embora o odor não seja percebido por outras pessoas, quem sofre com o transtorno interpreta reações alheias como confirmação do problema, o que alimenta ainda mais o ciclo de sofrimento.
Então, neste artigo, vamos apresentar os sintomas, as causas e as formas de tratamento dessa condição. Boa leitura!
Quais os sintomas do transtorno de referência olfativa?
O transtorno de referência olfativa provoca sintomas que afetam diretamente a percepção, o comportamento e o convívio social.
Então, entre os principais sintomas estão:
- Crença persistente de exalar mau odor: A pessoa tem convicção de que seu corpo emite um cheiro ruim, mesmo sem evidências reais disso.
- Ansiedade intensa em ambientes sociais: O medo de ser percebido por causa do suposto odor causa sofrimento emocional e desconforto em público.
- Isolamento social: Muitos evitam contato com outras pessoas, reuniões ou espaços fechados, o que compromete a qualidade de vida.
- Comportamentos compulsivos de higiene: Tomar vários banhos ao dia, trocar de roupa com frequência ou exagerar no uso de perfumes são atitudes comuns.
Assim, se você ou alguém próximo apresenta esses sintomas, buscar ajuda é essencial! Saiba que a Psitto conta com psicólogos capacitados para oferecer o suporte necessário!
Quais são as causas e fatores de risco?
As causas do transtorno de referência olfativa ainda não são totalmente compreendidas, mas envolvem uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e genéticos.
Então, entre os fatores biológicos, alterações nos níveis de neurotransmissores, como a serotonina, podem influenciar na forma como o cérebro interpreta sensações corporais e odores.
Assim, do ponto de vista psicológico, experiências traumáticas, baixa autoestima e histórico de bullying podem contribuir para o surgimento do transtorno. Pessoas mais autocríticas ou com histórico de ansiedade social também estão mais vulneráveis.
O diagnóstico
O profissional analisa o padrão de pensamentos, os comportamentos relacionados ao odor e o grau de sofrimento envolvido.
Assim, durante o processo, o especialista busca entender há quanto tempo os sintomas existem, como impactam a rotina e se há outros transtornos associados. Isso é essencial para diferenciar esse quadro de condições como TOC, esquizofrenia ou ansiedade social.
Assim, de acordo com o DSM-5-TR, os critérios incluem a crença persistente de que há um cheiro corporal desagradável, a realização de comportamentos repetitivos para lidar com isso e o prejuízo funcional resultante.
Tratamento do transtorno de referência olfativa
O tratamento do transtorno de referência olfativa combina psicoterapia, medicação e, em alguns casos, abordagens complementares. O objetivo é reduzir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida do paciente.
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): É a abordagem mais indicada, pois ajuda a identificar padrões de pensamento distorcidos e desenvolver formas mais realistas de lidar com o medo do odor.
- Medicamentos psiquiátricos: Antidepressivos e ansiolíticos podem ser recomendados, especialmente quando há sintomas de ansiedade, depressão ou TOC associados, mas é importante ressaltar que a prescrição deve ser feita por um médico.
- Psicoterapia: Outras abordagens também podem ajudar, conforme o perfil do paciente, podendo variar entre diferentes tipos de psicoterapia.
- Intervenções complementares: Técnicas de relaxamento, meditação e mudanças na rotina podem potencializar os efeitos da terapia, principalmente no controle da ansiedade e no resgate da autoconfiança.
Tratamento farmacológico
O tratamento farmacológico do transtorno de referência olfativa é indicado principalmente quando os sintomas causam sofrimento intenso ou estão associados a outros transtornos, como ansiedade ou depressão.
Os medicamentos mais utilizados são os antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Eles ajudam a reduzir os pensamentos obsessivos e a sensação constante de mau odor.
Além disso, quando o quadro apresenta características semelhantes ao TOC, a resposta aos medicamentos costuma ser positiva.
O tratamento medicamentoso deve sempre ser acompanhado por um profissional, pois os ajustes de dose e a combinação com a psicoterapia são fundamentais para obter os melhores resultados.
Terapia cognitivo-comportamental
A terapia cognitivo-comportamental é o tratamento mais eficaz para o transtorno de referência olfativa. Ela atua diretamente na forma como a pessoa interpreta seus pensamentos e na maneira como reage a eles no dia a dia.
Durante o processo terapêutico, o paciente aprende a identificar crenças distorcidas sobre o suposto odor corporal. Com o apoio do psicólogo, passa a desenvolver estratégias para testar essas percepções e substituir padrões negativos por interpretações mais realistas.
A TCC também trabalha com técnicas de exposição gradual e reestruturação cognitiva, que ajudam a reduzir o medo de julgamentos e o comportamento de evitação social.
Dessa forma, os resultados incluem diminuição da ansiedade, melhora da autoestima e retomada da vida social.
Quais são os impactos do transtorno de referência olfativa?
O transtorno de referência olfativa pode ter consequências significativas, como:
- Isolamento social: A preocupação constante com um suposto odor pode levar a pessoa a evitar interações sociais e situações públicas, resultando em distanciamento de amigos, familiares e colegas de trabalho.
- Prejuízo emocional: A sensação de estar sendo observado ou julgado pode gerar ansiedade, constrangimento e uma redução da confiança nas próprias interações, o que prejudica a autoestima.
- Comportamentos de neutralização: Para tentar “corrigir” o odor percebido, podem surgir comportamentos repetitivos, como a higiene excessiva, o que pode ser desgastante e afetar o dia a dia.
Esses impactos podem comprometer seriamente o bem-estar de quem sofre com o transtorno, tornando o tratamento fundamental para recuperar a qualidade de vida.
A Psitto oferece acompanhamento psicológico para quem deseja superar os desafios dessa condição.
Transtorno de referência olfativa e outros transtornos mentais
O transtorno de referência olfativa compartilha semelhanças com outros transtornos mentais, como TOC e ansiedade social.
A pessoa com esse transtorno acredita de forma persistente que exala um odor desagradável, o que pode gerar comportamentos repetitivos e evitar situações sociais, características comuns também no TOC e na ansiedade social.
- Relação com o TOC
O transtorno de referência olfativa pode ser confundido com o transtorno obsessivo compulsivo (TOC) devido ao comportamento repetitivo de tentar neutralizar o odor percebido, como lavar-se excessivamente.
O tratamento com medicação, como antidepressivos e terapia cognitivo-comportamental, é eficaz em ambos os casos.
- Relação com a ansiedade social
A crença de que se é julgado devido ao suposto cheiro pode levar a uma evitação de situações sociais, similar ao comportamento observado em pessoas com ansiedade social.
Além disso, aqui também a TCC e o uso de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos podem ajudar a controlar a ansiedade e melhorar a convivência social.
Como ajudar alguém com transtorno de referência olfativa?
Ajudar alguém com transtorno de referência olfativa pode ser desafiador, mas seu apoio é essencial para que a pessoa se sinta compreendida e motivada a buscar tratamento. Aqui estão algumas formas práticas de ajudar:
- Escute sem julgar: É fundamental oferecer um espaço seguro onde a pessoa possa expressar suas preocupações sem medo de ser julgada.
- Encoraje a busca por ajuda profissional: Esse transtorno pode ser tratado eficazmente com psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental, e em alguns casos, com medicação. Portanto, incentive a pessoa a procurar profissionais especializados, como os psicólogos da Psitto, para orientação adequada.
- Apoie o tratamento: Seja paciente e encoraje a adesão ao tratamento, seja terapia ou medicação.
- Evite reforçar o medo do odor: Evite minimizar ou reforçar a percepção do odor, pois ao tentar convencer a pessoa de que não há cheiro, pode-se aumentar a ansiedade.
Por fim, tenha em mente que seu apoio emocional, aliado a tratamentos profissionais adequados, pode fazer toda a diferença na recuperação e bem-estar de quem sofre com esse transtorno.
Psicólogos para Saúde Mental
Conheça os psicólogos que atendem casos de Saúde Mental no formato de terapia online por videochamanda:
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Debora Cardozo
Consultas presenciais
Consultas por vídeoPsicóloga, Coach, Analista Comportamental, Palestrante, pós-graduada em MBA de Gestão de Pessoas pela FGV-RJ, com mais de 10 anos de experiência na área de Recursos Humanos, cursando formação em Arteterapia pela clínica POMAR.
Valor R$ 180
próximo horário:
08/mai. às 20:00hs -
Roberta Boaretto
Consultas presenciais
Consultas por vídeoRoberta Boaretto é psicóloga formada pela USP desde 1997 e é doutora pela mesma universidade. Fez também o mestrado em Gerontologia pela UNICAMP e especialização em Saúde Coletiva.
Valor R$ 200
próximo horário:
07/mai. às 15:00hs
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Autor: psicologo Thiago Galdino de Souza - CRP 04/36869Formação: O psicólogo Thiago Galdino é graduado pela Associação Catarinense de Ensino (A.C.E), possui especialização em Saúde Mental e Coletiva pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC -Barbacena), é especialista em Transtorno do espectro autista (TEA), com a abordagem Son Rise-Nível 1.