Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Marcelo Pereira Blanco - Psicólogo CRP 06/163449

A síndrome de Burnout, também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, é o nome dado ao esgotamento psicológico, físico e emocional oriundo do estresse prolongado.
Ela está associada ao excesso de trabalho e a exposição a situações desgastantes no ambiente corporativo, tendo como principais sintomas o estresse e a exaustão extrema.
Vale dizer que essa condição foi reconhecida como uma doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, caso não seja identificada e tratada da forma correta, pode provocar a depressão.
Falaremos, neste artigo, sobre a síndrome de Burnout, suas causas, sintomas e como é feito o diagnóstico. Boa leitura!
Quais são os sintomas do Burnout?
Os sintomas de Burnout se manifestam gradativamente e podem se agravar de forma progressiva. Nesse cenário, eles se dividem entre psicológicos e físicos.
Sim, apesar de o estresse no trabalho e o esgotamento mental serem os principais sintomas dessa condição, os desconfortos no corpo também surgem com frequência.
A seguir, listamos os principais sintomas de Burnout:
Sintomas físicos
- Fadiga constante;
- Sonolência e letargia durante o dia;
- Dores de cabeça frequentes;
- Dores musculares;
- Pressão alta;
- Alteração nos batimentos cardíacos;
- Problemas gastrointestinais;
Sintomas psicológicos
- Cansaço mental excessivo;
- Sensação de fracasso, impotência e desesperança;
- Isolamento social;
- Perda de motivação;
- Pensamentos negativos constantes;
- Procrastinação;
- Negação das responsabilidades profissionais;
- Dificuldade para se concentrar;
- Incapacidade de se desligar do trabalho;
- Alterações repentinas no humor;
- Angústia profunda;
- Abuso de bebidas e/ou drogas para administrar o estresse;
- Em casos mais graves, ideações suicidas.
Diferenças entre Burnout x estresse
Apesar de a síndrome de Burnout ser resultado do estresse crônico no ambiente de trabalho, essa condição não é sinônimo de estresse. É preciso saber diferenciá-los!
Nesse sentido, o Burnout consiste em um estresse crônico que está necessariamente relacionado ao ambiente de trabalho.
Por outro lado, o estresse consiste em uma reação fisiológica e natural do organismo humano diante de determinadas circunstâncias.
Ou seja, o estresse não necessariamente terá relação com o trabalho e nem precisa ser prolongado. No entanto, se ele for duradouro, pode desencadear uma doença, como o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), por exemplo.
Como o Burnout evolui?
Para saber reconhecer os sintomas de Burnout, é imprescindível entender como essa síndrome evolui. Afinal, a partir dessa identificação, é possível reconhecer que se está vivenciando um esgotamento mental e físico no trabalho e, desse modo, buscar soluções.
Assim, os psicólogos Herbert Freudenberger e Gail North criaram uma lista com os 12 estágios do Burnout, sendo eles:
- Estágio 1: Necessidade de aprovação constante e de demonstrar que você sabe o que faz e que faz com excelência.
- Estágio 2: Dedicação intensa e incapacidade de se desligar do trabalho, mesmo fora do horário de serviço.
- Estágio 3: Desconsideração das próprias necessidades pessoais e sociais, inclusive as mais básicas, como comer e dormir.
- Estágio 4: Fuga dos conflitos internos e da sobrecarga laboral.
- Estágio 5: A autoestima passa a ser medida apenas pelo desempenho no trabalho. Família e hobbies, por exemplo, se tornam sem importância.
- Estágio 6: Surgimento da intolerância e irritabilidade, além de achar os colegas de trabalho como indivíduos preguiçosos e indisciplinados.
- Estágio 7: Afastamento social, inclusive uma aversão a reuniões.
- Estágio 8: Alterações drásticas no humor, como deixar de ser alegre e brincalhão e se tornar uma pessoa apática.
- Estágio 9: O indivíduo entra no automático, perdendo a sua própria identidade.
- Estágio 10: Surgimento de um sentimento de vazio interior muito intenso. Algumas pessoas recorrem ao álcool, às drogas e/ou à compulsão alimentar para tentar suprir essa questão.
- Estágio 11: A vida perde sentido, não há esperança de mais nada. Portanto, sinais claros de uma possível depressão.
- Estágio 12: Ocorre a exaustão física e mental completa. Esse estágio indica a necessidade urgente de um atendimento médico.
Como é feito o diagnóstico de Burnout?
O diagnóstico dessa condição pode ser bastante desafiador, inclusive para os profissionais da saúde responsáveis. Isso porque, os sintomas de Burnout podem ser confundidos com os de outras questões, como depressão e ansiedade.
Nesse sentido, o profissional fará uma avaliação detalhada para conhecer o histórico de vida e clínico do paciente, além da sua relação com o trabalho.
Além disso, o psicólogo online ou presencial ou, ainda, o médico psiquiatra fará uma triagem minuciosa para descartar outras possíveis condições psicológicas e físicas que estejam causando os sintomas relatados.
Caso chegue à conclusão de que o paciente realmente está sofrendo com o Burnout, então o profissional da saúde ainda poderá aplicar o teste de Maslach Burnout Inventory – MBI) para medir os níveis de Burnout.
Assim, apenas após uma avaliação detalhada, é que será indicado o melhor tratamento.
Quais são os tratamentos para o Burnout?
Existem diversas frentes para o tratamento do Burnout, todas visando a melhora efetiva do paciente. Assim, as principais intervenções são:
- Mudanças no estilo de vida, como praticar atividade física, incluir hobbies na rotina e fazer a higiene do sono.
- Psicoterapia para elevar o humor do paciente e incentivá-lo a reavaliar a sua vida, sua relação com o trabalho, suas crenças e o seu aproveitamento do momento presente. A partir dessas reflexões, será possível modificar as suas posturas em relação ao trabalho e priorizar a saúde mental e o bem-estar emocional.
- Em alguns casos, o uso de medicamentos, como ansiolíticos e antidepressivos, podem ser prescritos por um psiquiatra para alcançar melhores resultados, sobretudo no início do tratamento.
Prevenção da Síndrome de Burnout
Da mesma forma que o tratamento, a prevenção do Burnout ocorre com a mudança de comportamento e pensamento, uma vez que o ambiente externo se manterá o mesmo.
Por isso, listamos algumas formas simples, mas bastante eficazes de prevenir a síndrome de Burnout e blindar a sua saúde mental:
1. Defina limites profissionais
Um profissional que não impõe limites é constantemente bombardeado de solicitações as quais nem sempre são pedidos de ajuda.
Às vezes, os outros somente querem se aproveitar da boa vontade de quem está disposto a doar o seu tempo e disposição.
Quando estabelecemos limites em nossas vidas, determinados o que é ou não é apropriado para o nosso bem-estar.
Logo, para desfrutarmos da nossa rotina profissional sem estresse, devemos dizer aos outros como eles podem ou não nos tratar.
Sendo assim, aprenda a dizer “não”, expresse o seu desconforto quando preciso e não se exauste para concluir obrigações de terceiros.
2. Reavalie as suas prioridades
Quais são as suas prioridades? Sucesso profissional, bem-estar da família, ter saúde e envelhecer bem, juntar patrimônio para aposentar-se com conforto ou usufruir dos recursos econômicos atuais para se divertir sempre que pode?
Todos nós precisamos ter objetivos e prioridades. Não é necessário segui-los à risca, pois a tendência é que eles se modifiquem com o passar do tempo.
Todavia, é importante ter direcionamento para alcançar os seus objetivos e tomar decisões que colaborem para isso.
Para você subir na carreira, cuidar da sua família ou aposentar-se com qualidade, precisa ter saúde para alcançar as suas metas.
O autocuidado deve, então, ser sempre a sua prioridade número um. Sem ele, é impossível viver a vida idealizada por você.
3. Faça meditação
A meditação é uma prática muito útil para combater o estresse e melhorar a produtividade.
Com a mente livre de pensamentos ansiosos e preocupações desnecessárias, conseguimos nos concentrar no que realmente é importante.
Para meditar, você só precisa encontrar um cômodo silencioso e confortável, sentar-se com a coluna ereta em uma cadeira ou com as costas contra a parede, e fechar os olhos.
Utilize a respiração profunda para relaxar os músculos e manter a mente focada. À medida que esse processo é repetido, você vai ficando mais e mais relaxado.
4. Tenha interesses fora do ambiente profissional
A vida não é composta somente por trabalho. Nós precisamos de distrações, passatempos e atividades divertidas para ocupar a mente de vez em quando.
A rotina fica desinteressante quando formada somente por obrigações. Para quebrar o ritmo monótono, precisamos encontrar atividades para nos proporcionar alegria e satisfação regularmente.
5. Pratique atividades físicas
As atividades físicas são essenciais não somente para manter o corpo saudável, mas também para fazer a manutenção da saúde mental.
Movimentar-se por, pelo menos, 20 minutos também libera o estresse e promove o relaxamento dos músculos após a finalização dos exercícios.
Então, escolha uma atividade para fazer semanalmente e tenha disciplina para seguir com ela.
6. Faça uma viagem relaxante
Mudar de cenário ocasionalmente é mais importante do que as pessoas pensam, por isso, planeje viagens curtas ao longo do ano.
Pode ser uma escapada rápida de fim de semana para um hotel fazenda, uma cidade pequena, uma praia próxima ou uma paisagem natural diferente da que você vê todos os dias.
O objetivo dessas viagens “bate e volta” é se desligar das obrigações e iniciar a semana de trabalho revigorado.
Burnout tem cura?
Sim, desde que diagnosticado e tratado de maneira assertiva, o Burnout tem cura.
Normalmente, o tratamento apresenta resultados entre um e três meses. No entanto, pode demorar mais tempo, a depender da adesão do paciente ao tratamento e da sua resiliência.
Vale dizer que para evitar que haja recaídas e novamente o esgotamento profissional, é importante não apenas aderir ao tratamento, como também mudar o estilo de vida e ressignificar a relação com o trabalho.
Quem está mais suscetível ao Burnout?
Segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), estima-se que 30% dos brasileiros sofrem com a síndrome de Burnout, como divulgado pela Fiocruz. E não é só isso: o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de casos!
Nesse cenário, é válido destacar que existem alguns perfis de pessoas que estão mais suscetíveis a desenvolver a síndrome e que, portanto, precisam redobrar os cuidados, como é o caso de:
- Trabalhadores que têm seu ofício vinculado à pressão, como médicos, enfermeiros, policiais, professores e jornalistas.
- Profissionais que desempenham jornada dupla ou tripla para terem mais estabilidade financeira ou para quitarem suas dívidas.
- Mulheres, que se sentem sobrecarregadas com as tarefas domésticas, da maternidade e do trabalho.
Portanto, apesar de todas as pessoas precisarem se preocupar com a síndrome de Burnout, essas pessoas necessitam ficar ainda mais atentas!
Psicólogos para Síndrome de Burnout
Conheça os psicólogos que atendem casos de Síndrome de Burnout no formato de terapia online por videochamanda:
-
Fabrício do Amaral
Consultas presenciais
Consultas por vídeoO psicólogo Fabricio é formado em Psicologia peça Universidade São Judas Tadeu de São Paulo onde também concluiu especialização em Psicologia Organizacional focada na relação entre pessoas no ambiente de trabalho.
Valor R$ 120
próximo horário:
17/jun. às 13:00hs -
Kalissa De Faria
Consultas presenciais
Consultas por vídeoKalissa G. de Faria é graduada em Psicologia pela UMESP (2009), pós-graduada em Psicologia Analítica e Abordagem Corporal pelo Instituto Sedes Sapientiae (2015).
Valor R$ 160
próximo horário:
17/jun. às 08:00hs
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Autor: psicologo Marcelo Pereira Blanco - CRP 06/163449Formação: O psicólogo Marcelo Blanco formou-se pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e cursa pós-graduação em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade na FMU - Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, além de cursos ligados a Avaliação Psicológica e Psicanálise.
Sou técnica em enfermagem e foi isso q me detonou. Hoje faço tratamento, mas tive q me afastar do trabalho. Obrigada. Deus abençoe.
Você tem feito acompanhamento terapêutico? É importante para passar por esse processo.