Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Marcelo Pereira Blanco - Psicólogo CRP 06/163449
A síndrome de burnout é uma das condições de saúde que nasceram com o aumento de responsabilidades, pressão e exigências do século XXI.
Determinados campos de atuação possuem índices elevados de burnout, como é o caso dos médicos, enfermeiros, policiais, assistentes sociais, professores, vendedores e jornalistas.
Entretanto, qualquer profissional pode chegar ao esgotamento ocupacional por trabalhar excessivamente, vivenciar graus elevados de estresse no cotidiano e cultivar hábitos profissionais inapropriados.
Para se proteger contra o estresse crônico e, consequentemente, o burnout, confira as dicas que preparamos para você neste post.
O que é Síndrome de Burnout?
Síndrome de burnout é o nome dado ao esgotamento psicológico, físico e emocional oriundo do estresse prolongado.
Normalmente, está associado ao excesso de trabalho, mas também pode se originar de um estilo de vida doentio, de um relacionamento abusivo ou da perda de alguém.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o burnout ligado ao trabalho na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11), a qual entrará em vigor em 2022.
Assim, ele passou a ser uma das “novas” patologias associadas ao estresse crônico resultante do modo de vida acelerado do século XXI.
É comum pensar que o ambiente de trabalho ou a conduta carrasca do chefe são os principais responsáveis pelo burnout.
Embora seja verdade em algumas situações, um profissional também pode chegar ao esgotamento ocupacional em virtude de suas próprias posturas acerca do trabalho.
O vício em trabalhar, a necessidade de agradar colegas e superiores ficando até mais tarde ou levando demandas profissionais para casa e a negligência com os momentos de descanso são atitudes que gradualmente levam ao esgotamento. Ou seja, nem sempre a culpa é do ambiente de trabalho.
A síndrome de burnout causa sensação de exaustão generalizada, aumento do mal-estar e do pessimismo, e distanciamento mental do trabalho executado. Somados, esses fatores acarretam a perda de eficácia profissional.
Sinais de burnout
Os sintomas da síndrome de burnout se manifestam gradativamente. Eles são emocionais, comportamentais e físicos.
Apesar de alguns sintomas serem comuns a maioria das pessoas, cada profissional experiência o esgotamento de modo diferente.
Abaixo, veja os indicativos mais comuns do esgotamento ocupacional.
- Fadiga constante;
- Sonolência durante o dia;
- Dores de cabeça frequentes;
- Dores musculares;
- Sensação de fracasso, impotência e desesperança;
- Afastamento súbito da vida social;
- Perda de motivação;
- Insônia;
- Pensamentos negativos crescentes;
- Procrastinação;
- Negação das responsabilidades profissionais;
- Descontar a frustração nos outros;
- Faltar ao trabalho ou chegar atrasado; e
- Usar alimentos, bebidas, compras, festas, relacionamentos, entre outros, para administrar o estresse.
O profissional tende a ignorá-los para continuar trabalhando, por isso, o cenário do esgotamento costuma ser semelhante entre profissionais de vários campos de atuação.
Os sintomas se intensificam com o tempo e eventualmente atingem um ápice.
Quando isso acontece, o profissional tem uma crise nervosa com tremores, dormência, taquicardia, fraqueza, vômito e desmaio. É comum as pessoas apenas reavaliaram as suas vidas a partir deste momento.
Diferença entre estresse x burnout
A síndrome de burnout é o resultado do estresse crônico, mas não é o mesmo que o estresse. Esse último envolve a sobrecarga de demandas que exigem muito da capacidade emocional, mental e física das pessoas.
Elas ficam sobrecarregadas e exaustas devido à intensidade das pressões externas.
O cenário do burnout é o completo oposto. O profissional esgotado também fica mentalmente cansado, mas, diferente de quando está estressado, sente um vazio emocional implacável.
Ele se torna apático e não consegue enxergar possibilidades de mudança em sua rotina doentia.
Assim, cede aos sentimentos e pensamentos negativistas que corroboram para a sua permanência neste estado emocional desagradável. É uma mistura de depressão com exaustão psicológica.
Tratamentos possíveis para o burnout
A síndrome de burnout pode ser tratada através de mudanças no estilo de vida e nas expectativas dos profissionais em relação às suas carreiras.
Como a pessoa esgotada está desanimada demais para encontrar soluções para os seus problemas, a psicoterapia pode elevar o seu humor e incentivá-la a reavaliar a sua vida.
A maioria das pessoas tem resistência a mudanças, principalmente quando causam impactos significativos em seu modo de viver e pensar.
Dessa forma, precisam de um encorajamento extra tanto para mudar quanto para seguir com as mudanças. A terapia satisfaz ambas as necessidades.
O psicólogo auxilia profissionais esgotados a refletirem sobre os seus hábitos no ambiente de trabalho, as suas aspirações de carreira e o seu aproveitamento do momento presente.
Afinal, como chegar à realização profissional se o hoje é estressante, desagradável e cansativo?
A partir dessas reflexões, eles conseguem modificar as suas posturas em relação ao trabalho, desenvolver resiliência perante o estresse e priorizar a saúde mental e o bem-estar emocional.
Prevenção da Síndrome de Burnout
Da mesma forma que o tratamento, a prevenção ocorre com a mudança de comportamento e de pensamento. O estresse no ambiente profissional e no mercado de trabalho em si não vai desaparecer.
A tendência é que as exigências, as pressões e a concorrência aumentem com o passar dos anos.
À medida que mais profissionais adentram a força de trabalho, mais requisitos e expectativas serão criados para selecionar os perfis ideais e os que precisam ganhar experiência.
Então, os profissionais precisam desenvolver a sua resistência ao estresse, definir limites e compreender a importância de cuidar da saúde mental para prolongar o aproveitamento do trabalho.
Pensando em ajudar profissionais, sejam novos ou experientes, separamos seis formas simples de prevenir a síndrome de burnout.
1. Defina limites profissionais
Um profissional que não impõe limites é constantemente bombardeado de solicitações as quais nem sempre são pedidos de ajuda.
Às vezes, os outros somente querem se aproveitar da boa vontade de quem está disposto a doar o seu tempo e disposição.
Quando estabelecemos limites em nossas vidas, determinados o que é ou não é apropriado para o nosso bem-estar.
Logo, para desfrutarmos da nossa rotina profissional sem estresse, devemos dizer aos outros como eles podem ou não nos tratar.
Sendo assim, aprenda a dizer “não”, expresse o seu desconforto quando preciso e não se exauste para concluir obrigações de terceiros.
2. Reavalie as suas prioridades
Quais são as suas prioridades? Sucesso profissional, bem-estar da família, ter saúde e envelhecer bem, juntar patrimônio para aposentar-se com conforto ou usufruir dos recursos econômicos atuais para se divertir sempre que pode?
Todos nós precisamos ter objetivos e prioridades. Não é necessário segui-los à risca, pois a tendência é que eles se modifiquem com o passar do tempo.
Todavia, é importante ter direcionamento para alcançar os seus objetivos e tomar decisões que colaborem para isso.
Para você subir na carreira, cuidar da sua família ou aposentar-se com qualidade, precisa ter saúde para alcançar as suas metas.
O autocuidado deve, então, ser sempre a sua prioridade número um. Sem ele, é impossível viver a vida idealizada por você.
3. Faça meditação
A meditação é uma prática muito útil para combater o estresse e melhorar a produtividade.
Com a mente livre de pensamentos ansiosos e preocupações desnecessárias, conseguimos nos concentrar no que realmente é importante.
Para meditar, você só precisa encontrar um cômodo silencioso e confortável, sentar-se com a coluna ereta em uma cadeira ou com as costas contra a parede, e fechar os olhos.
Utilize a respiração profunda para relaxar os músculos e manter a mente focada. À medida que esse processo é repetido, você vai ficando mais e mais relaxado.
4. Tenha interesses fora do ambiente profissional
A vida não é composta somente por trabalho. Nós precisamos de distrações, passatempos e atividades divertidas para ocupar a mente de vez em quando.
A rotina fica desinteressante quando formada somente por obrigações. Para quebrar o ritmo monótono, precisamos encontrar atividades para nos proporcionar alegria e satisfação regularmente.
5. Pratique atividades físicas
As atividades físicas são essenciais não somente para manter o corpo saudável, mas também para fazer a manutenção da saúde mental.
Movimentar-se por, pelo menos, 20 minutos também libera o estresse e promove o relaxamento dos músculos após a finalização dos exercícios.
Então, escolha uma atividade para fazer semanalmente e tenha disciplina para seguir com ela.
6. Faça uma viagem relaxante
Mudar de cenário ocasionalmente é mais importante do que as pessoas pensam, por isso, planeje viagens curtas ao longo do ano.
Pode ser uma escapada rápida de fim de semana para um hotel fazenda, uma cidade pequena, uma praia próxima ou uma paisagem natural diferente da que você vê todos os dias.
O objetivo dessas viagens “bate e volta” é se desligar das obrigações e iniciar a semana de trabalho revigorado.
Psicólogos para Síndrome de Burnout
Conheça os psicólogos que atendem casos de Síndrome de Burnout no formato de terapia online por videochamanda:
-
Cristina Klingspiegel
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Cristina Klingspiegel é formada há 20 anos, com especialização em Psicologia Hospital pela Faculdade de Medicina da USP e possui certificação internacional pelo Arizona Trauma Institute para atendimentos de TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
Valor R$ 250
Posso ajudar comTranstorno de Estresse Pós Traumático (TEPT)RelacionamentosTranstorno de Pânico ou Síndrome do PânicoTranstorno de Ansiedade Generalizada (TAG)Estressepróximo horário:
10/set. às 09:00hs -
Carolina Terra
Consultas presenciais
Consultas por vídeoCarolina é psicóloga graduada há 20 anos pela Universidade de São Paulo, especialista em Psicopatologia e Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP e com curso de aperfeiçoamento em COVID-19 e os Primeiros Cuidados Psicológicos.
Valor R$ 280
Posso ajudar comRelacionamentosConflitos FamiliaresTOC - Transtorno ObsessivoTranstornos Depressivos e de HumorMorte e Lutopróximo horário:
11/set. às 09:00hs
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Autor: psicologo Marcelo Pereira Blanco - CRP 06/163449Formação: O psicólogo Marcelo Blanco formou-se pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e cursa pós-graduação em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade na FMU - Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, além de cursos ligados a Avaliação Psicológica e Psicanálise.
Sou técnica em enfermagem e foi isso q me detonou. Hoje faço tratamento, mas tive q me afastar do trabalho. Obrigada. Deus abençoe.
Você tem feito acompanhamento terapêutico? É importante para passar por esse processo.